CULTURA
'Meu Quintal': CD traz belas canções infantis com som e sotaque nordestino
Escritora Nara Limeira e músico Naldinho Braga se unem em disco infantil que será lançado hoje em João Pessoa.
Publicado em 31/05/2015 às 7:11 | Atualizado em 08/02/2024 às 18:42
As memórias afetivas do quintal de casa foram as fontes de inspiração para um trabalho musical que traz a mistura das cantigas de ninar com sons nordestinos e batidas indígenas. A escritora Nara Limeira e o músico Naldinho Braga apresentam, hoje (31), em João Pessoa, o espetáculo Cantando Histórias na Piollin’, show de lançamento do CD Meu Quintal (independente, R$ 20,00), primeiro disco de músicas infantis de uma parceria inédita. Como o nome indica, a apresentação acontece no Centro Cultural Piollin (Professor Sizenando Costa, Róger), a partir das 16h. Os ingressos, à venda no local, tem o preço único de R$ 10,00.
A ideia de trabalhar com o lúdico surgiu a partir dos escritos de Nara Limeira. “Não tinha o intuito de fazer um livro ou publicá-los. Eu apenas escrevia para mim mesmo”. As letras existiam, faltava a iniciativa de musicá-las. “Naldinho pediu para dar uma olhada no material e começou a executar aqueles textos como música”, conta, referindo-se ao parceiro, ex-integrante do Tocaia da Paraíba, também conhecido pelo projeto Carro de Lata.
Ao mesmo tempo que o músico trabalhava em cima dos arranjos e melodias, Limeira foi exercitando o seu lado criativo, compondo mais letras. A primeira intenção era levar essa nova parceria que estava surgindo nas escolas. E foi o que aconteceu. “Como eu tinha muitos amigos na área de educação, e como nossos filhos, na época, ainda estavam nos anos primários da escola, começamos a mostrar esses textos e músicas a crianças”.
O projeto estava ganhando forma e a aceitação desse novo trabalho foi crescendo. Após algumas fotos nas redes sociais e outras apresentações em escolas públicas, surgiu a vontade de transformar tudo em um disco. “Nesse mesmo período eu comecei com a minha atividade de contação de histórias. Daí unimos as duas coisas e o resultado foi o ‘Meu Quintal’”.
Um disco dedicado ao lúdico, ao mundo infantil, com raízes na cultura regional e na literatura. Meu Quintal abriga a inocência e a afetividade da criança e o aconchego de casa.
“Como somos pesquisadores da cultura popular, trouxemos o ritmo nordestino em algumas músicas e a as canções de ninar em outras - esta última faz referência aos momentos mais afetivos”.
O álbum de 13 faixas passeia por canções divertidas, como ‘Quem não tem cão caça com gato’, ‘Formigas’, ‘O morcego atrapalhado’ e ‘Tartatugas’, que abre o CD embalado pelo encontro das vozes de Nara e Eleonora Falcone.
Algumas faixas do disco foram tiradas de contos e poemas infantis, mais precisamente de autores paraibanos, como Marília Arnaud e Ronaldo Monte.“Pegamos esses textos, adaptamos para o nosso universo e mostramos aos autores, que aprovaram as canções. Fizemos com o ‘A menina De Noite’, de Monte, e ‘Lá vem o elefante’, da Marília’”.
O trabalho foi gravado, mixado e masterizado no estúdio Gota Sonora, em João Pessoa. Os arranjos das músicas foram feitos por Renato Oliveria e Naldinho Braga. Nara Limeira assume os vocais e recebe como convidados especiais alguns nomes da cena musical paraibana e alguns familiares que também abraçaram a ideia. Ana Catarina Leão, Ana Vilarim, Tiago Moura, Gustavo Leira, Gabriela Limeira e a irmã, Ruth Limeira, são algumas dessas pessoas. Ela ainda conta com a participação de um coro infantil formado por cinco crianças.
A parte gráfica do trabalho foi assinada pelos artistas plásticos Maurise Quaresma e Edilson Parra.
Para o show de lançamento do CD, Nara Limeira e Naldinho Braga serão acompanhados por uma banda. “Convidamos alguns músicos que tocam com o Naldinho e formamos uma banda para o lançamento. Também chamamos as pessoas que cantaram comigo no CD e o coro infantil que me acompanhou em algumas músicas”.
As composições foram muitas, uma indicação de que possivelmente teremos um volume dois do Meu Quintal. “Estamos muito focados na divulgação desse primeiro trabalho. Mas quando a gente começa a cantar, as composições vêm naturalmente. Se esse primeiro trabalho der certo, o segundo certamente virá”.
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