CULTURA
Monobloco agita domingo no Jacaré; em Tambaú também tem shows
Domingo (27) tem shows de Monobloco, Nós 4 e da banda local Travolta na Praia do Jacaré, em Cabedelo, além da apresentação do músico Lenny Gordin, na praia de Tambaú, em JP.
Publicado em 27/12/2009 às 12:39
André Cananéa
Do Jornal da Paraíba
O animado grupo carioca Monobloco volta à Paraíba neste domingo (27) para animar o pré-Réveillon do Solar das Águas, na Praia do Jacaré. A festa, que rola a partir das 20h, além do Monobloco, tem o grupo pernambucano Nós 4, a banda local Travolta e DJs a granel, para não deixar a animação morgar.
O Monobloco é aquele batuque samba-funk que dá alegria, arrastão – como diria Fernanda Abreu – para quem gosta de animação sadia, sem apelação e baixaria. No repertório, hits carnavalescos, sambas tradicionais e clássicos de Tim Maia, Jorge Ben Jor, Nação Zumbi, Luiz Gonzaga, Alceu Valença e Gilberto Gil, entre outros.
O lote estava sendo vendido, ao longo da semana, por R$ 50 (área vip) e R$ 35 (pista, promocional, meia-entrada), mas estão sujeitos a alteração.
A guitarra mágica de Lanny Gordin
por Astier Basílio
Um músico para músicos. Assim poderíamos classificar Lanny Gordin. Uma espécie de lenda viva da guitarra no Brasil, pode até não ser conhecido imediatamente pelo grande público, mas ele não é só famoso, como venerado no meio musical. Também pudera. Quem olhar para o currículo vai perceber. Dá até para dizer que Lanny é a guitarra sem nome que está por trás de muito do melhor do Tropicalismo. É chamado por alguns mais entusiasmados de o “Jimi Hendrix brasileiro”.
Lanny participou de alguns dos mais antológicos álbuns da música popular brasileira. É ele quem assina os arrebatadores solos em “Back to Bahia”, de Gilberto Gil, em Expresso 2222 (1972); “De cara/ eu quero essa mulher assim mesmo”, de Caetano, em Araçá Azul (1972) e “Deixa sangrar”, marchinha carnalavesca de Gal Costa, gravada no disco Legal (1970). Entrosado com a turma do Tropicalismo, Lanny tocou com todo mundo, incluindo Rita Lee, Tom Zé e Jards Macalé, entre outros. A afinidade era tanta que o maestro Rogério Duprat o escolheu para gravar muitos dos seus arranjos. O cara era tão elétrico na guitarra que ganhou um apelido da pimentinha Elis Regina de “Lanny Ray-O–Vac”.
O público de João Pessoa terá a oportunidade de apreciar a virtuose de Lanny Gordin neste domingo. O músico é a grande atração de hoje do projeto ‘Música do Mundo’. O show terá início às 18 horas, no busto de Tamandaré, Praia de Tambaú. Quem fará a abertura é outra fera da guitarra, o paraibano Alex Madureira, guitarrista que acompanha vários músicos da cena local, a exemplo do parceiro Escurinho.
Filho de pai russo e mãe polonesa, Lanny Gordin nasceu na China, em 1951, mas viveu em Israel até os seis anos de idade, quando veio para o Brasil. Só décadas depois de gravar com as grandes estrelas da MPB é que Lanny Gordin lançou o seu disco solo, em 2001. De lá para cá, são contabilizados quatro trabalhos, o último deles, Lanny Gordin Duos, de 2007, em que o músico retorna ao violão, instrumento que toca com igual desenvoltura.
O projeto Música do Mundo é uma promoção da Prefeitura Municipal de João Pessoa, por meio da Funjope, cujo presidente, Chico César, já escalou Gordin para tocar em dois de seus discos.
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