icon search
icon search
home icon Home > cultura
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

CULTURA

Morre, aos 90 anos, Inezita Barroso

Música de raiz para uma de suas mais fortes representantes.

Publicado em 10/03/2015 às 10:17 | Atualizado em 19/02/2024 às 14:01

Amanheceu e a viola que pegaram foi para cantar a saudade. No domingo, o sertanejo autêntico perdeu Inezita Barroso, mas sua voz e musicalidade vão se eternizar na história da cultura popular brasileira.

Várias em uma, Ignez Magdalena Aranha de Lima, a Inezita, durante muito tempo cantou, interpretou, lecionou e pesquisou. O maior foco de seus estudos eram as tradições populares. Além da carreira artística, ela fez parte do corpo docente do curso de Turismo em uma universidade de São Paulo.

Com o coração caipira, a moda de viola sempre fez parte do repertório da cantora. Não é à toa que durante muito tempo Inezita Barroso seguia à frente do Viola, minha viola, programa musical exibido pela TV Cultura.

A “brasileirice tão legítima”, citada por Hélcio Carvalho de Castro, foi a principal marca de seus 63 anos de carreira. Ao subir nos palcos com sua viola, os salões se rendiam ao seu vozeirão.

Em uma conversa com Rodrigo Faour, responsável pela produção da caixa O Brasil de Inezita Barroso (EMI, 2011), ele reverencia a cantora por sua colaboração à cena cultural da música brasileira.

"Ela deu um novo status à música caipira e folclórica. Inezita, que veio de uma família rica de São Paulo, abandonou uma vida de 'socialite' e resolveu se dedicar à música raiz, caipira, por muitos considerada como música de gente sem dente. Ela era única nisso", conta Faour ao JORNAL DA PARAÍBA.

Sua contribuição cultural foi imortalizada em setembro de 2014, quando foi eleita para ocupar a cadeira 22 da Academia Paulista de Letras.

Sobre o reconhecimento de seu trabalho, Faour fala que Inezita Barroso ficou muito restrita a São Paulo. Mas isto não significa que o Brasil não reconhece seu talento. "Ela é uma recordista da TV brasileira. Por mais de 30 anos ela permaneceu no ar, comandando o Viola, minha viola", atesta Rodrigo Faour.

Fora o programa que continuava a apresentar, o último trabalho da cantora foi a gravação do DVD duplo Inezita Barroso - Cabocla eu sou (Substancial Music, 2013), no qual traz uma edição especial de Inezita Barroso acompanhada da Orquestra Fervorosa. O disco também apresenta sua obra registrada entre 1951 e 2012.

Determinada, Barroso é um exemplo de luta. Enfrentou o preconceito por ser mulher e tocar viola e não deixou a cultura popular brasileira morrer no esquecimento.
"Se eu puder resumir Inezita em três palavras, estas serão: integridade, rebeldia e resistência", finaliza Faour.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp