Morre ator Eli Wallach

Em dezembro deste ano, Eli Wallach faria 99 anos. Mas quis o destino que o ator fosse embora antes dos 100, aos 98 anos, 65 deles dedicados ao cinema, teatro e televisão, onde personificou mais de 150 personagens, entre eles o famoso Tuco, ou o “feio” de Três Homens em Conflito (1966), clássico do western. A filha do ator confirmou a morte na terça, sem revelar a causa.

Nascido em 7 de dezembro de 1915 no Brooklyn, em Nova York (EUA), Eli Wallach foi uma das poucas crianças judias em meio a famílias de imigrantes italianos e foi justamente no papel de um italiano que, aos 36 anos, ganharia um prêmio Tony (o Oscar do teatro) pela peça A Rosa Tatuada, de Tennessee Williams, levada aos palcos em 1951.

Também foi através de Tennessee Williams que ele estrearia no cinema, no elenco de Boneca de Carne (1956) levada às telas pelo diretor Elia Kazan.

Três Homens em Conflito não seria o único western que faria.

Antes de chegar ao filme de Sergio Leone, o ator já havia enfileirado Sete Homens e um Destino (1960), Os Desajustados (1961) e A Conquista do Oeste (1962), até mesmo o épico Gengis Khan (1965), de Henry Levin, e a comédia Como Roubar Um Milhão de Dólares (1966).

Ainda nos anos 1960, faria uma participação na série de TV Batman, aquela dos ‘pows’ e ‘socs’ estrelada por Adam West. Wallach personificaria o vilão Senhor Frio.

Só no final dos anos 1970 voltaria ao cinema com maior assiduidade, consolidando sua posição de coadjuvante de luxo.

Faria Sentinela dos Malditos (1977), Morte no Inverno (1979), Os Últimos Durões (1986), Querem Me Enlouquecer (1987), estrelado por Barbra Streisand, e até A Chave do Enigma (1990), dirigido por Jack Nicholson.

Antes de se dedicar a comédias como Tenha Fé (2000) e O Amor Não Tira Férias (2006), ele ainda fez O Poderoso Chefão 3 (1990). Trabalhou até 2010, quando fez dois filmes: Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme e O Escritor Fantasma. Nesse mesmo ano, ganharia uma homenagem do Oscar pelo conjunto de sua obra.