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CULTURA

Morre em Campina Grande o poeta popular Zé Laurentino, vítima de câncer no fígado

Sepultamento ocorrerá nesta sexta-feira (16), no cemitério do Cruzeiro, em Campina Grande

Publicado em 15/09/2016 às 17:04

O poeta José Laurentino morreu, aos 73 anos, nesta quinta-feira (15), na Clínica Santa Clara, em Campina Grande, vítima de falência múltiplas dos órgãos em decorrência de um câncer no fígado. Ele deixou seis filhos.

De acordo com a família, desde a semana passada, Zé Laurentino foi encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) depois que foi constatada uma inflamação no pulmão e confirmado que o fígado e rins dele pararam de funcionar. O velório será realizado na Central Digna, no bairro Ressureição, e o sepultamento acontecerá, às 10 horas, desta sexta-feira (16), no cemitério do Cruzeiro.

Natural do município de Puxinanã, onde foi vereador de 1973 a 1976, Zé Laurentino há décadas morava, em Campina Grande, sendo servidor aposentado do Hospital Universitário Alcides Carneiro. Costumava ressaltar que sua vocação era a poesia popular. A prefeituras de Campina Grande decretou luto oficial por três dias em reconhecimento à perda de um artista que engrandeceu o nome da cidade no cenário nacional.

Livros lançados

O poeta José Laurentino foi autor das seguintes obras: Sertão, humor e Poesia [5 edições/1990]; Meus Versos Feitos na Roça; Carta de Matuto; Na Cadeira do Dentista; Poesia do Sertão; Dois Poetas Dois Cantares [Parceria Edvaldo Perico]; A Grande História de Amor de Edmundo e Maria (Cordel); Poemas, Prosas e Glosas [1988].

Patrono

Zé Laurentino começou a ouvir cantadores aos 8 anos de idade, ao lado do seu pai, Seu Antonio Laurentino, que era uma espécie de patrono dos repentistas. Ele contou a história em versos:

“Comecei a fazer versos
Aos doze anos de idade
Morando no sítio Antas
Puxinanã a cidade
Onde papai possuía
Pequena propriedade.

A casinha de papai
Era feita de alegria
Abrigo dos cantadores
Vendedores de poesia
Se uma dupla chegava
O povo se aglomerava
Tava feita a cantoria.

E eu, moleque peralta
Caçula, muito pachola
Me criei acalentado
Por acordes de viola.

Nas noites de cantoria
Eu ficava prezenteiro
Enquanto os outros meninos
Iam brincar no terreiro
Indiferentes aos versos
Beira-mar, quadrão mineiro
Eu ficava ali sentado
Boquiaberto, extasiado
Pra ouvir o violeiro”.

Imagem

Jornal da Paraíba

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