CULTURA
Morre Orlando Tejo, autor de 'Zé Limeira, o poeta do absurdo'
Jornalista e poeta, paraibano faleceu em Recife; corpo vai ser sepultado em João Pessoa.
Publicado em 01/07/2018 às 17:59 | Atualizado em 02/07/2018 às 14:22
O jornalista, poeta e bacharel em Direito, Orlando Tejo, de 83 anos, morreu na madrugada deste domingo (1º), em Recife (PE). Ele era acometido de insuficiência pulmonar crônica e, há 15 anos, sofria com Alzheimer. O velório e o enterro vão ocorrer, nesta segunda-feira (2), em João Pessoa, em local e horário que serão definidos.
Segundo a jornalista Cristiana Tejo, filha de Orlando, o pai faleceu por volta das 3h30. Orlando Tejo nasceu, em Campina Grande, em 1935, onde trabalhou na Rádio Caturité e, depois, paraibanos. Depois, mudou-se para Recife, onde morava há várias décadas. Ele deixa três filhos e vários netos
Zé Limeira, o poeta do absurdo
As publicações de sua autoria são “Conceição 63”, “Impasse”; “Soneto dos dedos que falam”, e “Zé Limeira: O Poeta do Absurdo”. Orlando Tejo apaixonou-se pela cantoria ainda menino. Quando começou a trabalhar na Rádio Caturité. Já com o AI-5, em 1968 e 1969, suas colunas nos jornais da Paraíba e de Recife tinham que vir sem a sua assinatura.
Enquanto isso ele pesquisava principalmente a vida e obra do poeta Zé Limeira, o poeta do absurdo “tropicalista rude, que trouxe a vocação do fantástico. O único surrealista bárbaro perdido nos sertões do Nordeste.” Foi por meio do seu parceiro de Rádio Universitária, José Rômulo Mesquita Martins que Orlando conheceu os versos estrambóticos de Zé Limeira.
Orlando cantava desde os 13 anos. Conheceu Zé Limeira aos 15 quando passava na rua e ouviu uma voz inusitada ao som de uma viola. Junto com o cantador Cícero Vieira mais conhecido como Mocó, lá estava Zé Limeira. Tejo teve a oportunidade de apresentar seu trabalho e aprender novos ritmos e estilos musicais.
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