Mostra fotográfica 'Corpo-Poema' debate violência contra mulher

Além de ser inspiração para a veia lírica, o corpo da mulher também vem tatuado de frases de protestos e palavras de ordem nas manifestações pelo país a fora. Essas duas características podem ser vistas na exposição Corpo-Poema, do Ariel Coletivo Literário.

O vernissage acontece nesta quarta-feira, a partir das 19h, no Museu Assis Chateaubriand (MAC), no Catolé, em Campina Grande. A entrada é gratuita e a mostra ficará até o dia 18 de dezembro no local.
De acordo com um dos membros do coletivo, Thays Albuquerque, a ideia foi juntar as fotografias de Marília Cacho com a literatura do sarau Dama da Noite. “O objetivo é transpor para outra linguagem os trabalhos que vão desde a opressão da mulher até seu apoderamento”, explica. “A ideia foi usar o batom, lápis e delineador para escrever no corpo trechos da prosa e versos do sarau”.

Além da Thays Albuquerque, a produção ficou a cargo de Marília Cacho e Tássia de Freitas (esta última também assina a assistência e a codireção de fotografia com Cacho). Paula Tabosa é a responsável pela identidade visual.

Junto com Thays e a própria fotógrafa, as modelos foram Aline Souza, Clara Farias, Haissa Vitoriano, Kecinha Borges e Larrissa Dantas, todas integrantes do Ariel.

RODA DE CONVERSA

Complementando a exposição Corpo-Poema, o grupo vai apresentar o sarau Dama da Noite. Haverá também um pocket show com a cantora e compositora paraibana Gitana Pimentel.

Após as apresentações, será promovida uma roda de conversa com debate acerca do corpo, mulher e feminismo. “Haverá questões que perpassam sobre o mapa da violência que foi divulgado recentemente, onde é colocado a Paraíba como um dos Estados mais violentos do país”, aponta Thays Albuquerque.

A conversa será mediada por Haissa Vitoriano (professora e integrante do Ariel Coletivo Literário) e terá as participações de Beatriz Alves Leite (fotógrafa idealizadora do projeto Esse Corpo é Meu), Jussara Costa (professora da UEPB e integrante do Bruta Flor Coletivo Feminista), e a jornalista Marcella Alencar (mestranda em Cultura e Sociedade, também membro do Bruta Flor).