CULTURA
Mostra lembra morte de José Lins e lançamento de "Pedra Bonita"
Museu do Espaço Cultural homenageia o seu patrono promovendo exposição desta sexta (12) até o dia 18. Romance "Pedra Bonita" é o tema da mostra.
Publicado em 12/09/2008 às 8:57
Da Redação
Com Astier Basílio, do JP
Em homenagem ao seu patrono, o escritor paraibano José Lins do Rego, a Fundação Espaço Cultural promove a exposição “Pedra Bonita”, romance que completa 70 anos de lançamento. O evento, que prossegue até o dia 18, é aberto nesta sexta-feira (12), dia que marca os 51 anos de falecimento do escritor.
A exposição apresenta as gravuras de Luiz Jardim, na 5ª edição do romance Pedra Bonita. A pesquisa e idealização da exposição são assinadas pela diretora do Museu José Lins do Rego, Maria Arminda Guimarães. Publicado em 1938, Pedra Bonita é o romance que dá início ao ciclo do cangaço associado ao misticismo religioso e ao flagelo das secas. Na obra, o chamado santo era um louco, como Antônio Conselheiro, e o drama se desenrola em torno de uma espécie de loucura coletiva.
Pedra Bonita é o relato da tragédia pernambucana de 1838, onde morreram várias pessoas, para que com seu sangue fossem lavadas as duas torres da catedral do reino de D. Sebastião, encantado nas duas pedras ali existentes.
A obra é dividida em duas partes: na primeira, o vigário cuida do menino Bento, em Açu, e tenta colocá-lo em um seminário. Não consegue, mas Bento assume as funções de sacristão. O grupo com quem anda acaba causando reações da cidade, o que leva a um problema entre o padre e o juiz da cidade.
A segunda parte mostra Bento em Pedra Bonita, onde seu irmão mata um soldado e torna-se cangaceiro. O protagonista fica indeciso entre a doutrina do padre e outras crenças.
Os romances de José Lins do Rêgo foram traduzidos em países como Estados Unidos, Alemanha, França, Rússia, Inglaterra, Espanha, Argentina, Itália, Romênia, Coréia do Sul e Japão. O escritor paraibano nasceu no Engenho Corredor, em Pilar, estudou em Itabaiana, João Pessoa e Recife, mas um grande aprendizado de vida foi a observação na infância dos grandes engenhos de açúcar sendo substituídos por usinas - ambientação que marcou seus principais romances.
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