CULTURA
Musa 'teen' encontra fãs
Mel Fronckowiak assina seu livro 'Inclassificável – Memórias da Estrada' nesta quarta-feira (20) em João Pessoa.
Publicado em 20/11/2013 às 6:00
Ela roubou a cena na Festa Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto), em Olinda, no último domingo, arrebanhando centenas de crianças e adolescentes ensandecidos que aguardaram horas na fila para conseguir o seu autógrafo.
A jovem Mel Fronckowiak, que estará nesta quarta-feira em João Pessoa assinando Inclassificável – Memórias da Estrada (Rubra Editora, 96 páginas, preço médio: R$ 29,90), ainda está se habituando aos contrastes entre a relação que sua escrita estabelece com os seus leitores e as reações efusivas dos fãs, na turnê de lançamento do livro. Obra relata sua rotina de shows e viagens nos tempos de RBD (Rebeldes).
“O escritor e o leitor têm uma relação bastante silenciosa. Uma cumplicidade que nasce noutro tipo de encontro. O publico que me prestigia hoje compartilha comigo interesses no que eu sou e não somente no que estou representando”, afirma, em entrevista ao JORNAL DA PARAÍBA, a autora que visita hoje a Livraria Leitura, no Manaíra Shopping, a partir das 15h.
Atriz, cantora, ex-'miss bumbum' e agora escritora, depois de abandonar o curso de jornalismo no Rio Grande do Sul ao ser contratada por uma agência de modelos em São Paulo, Melanie 'Mel' Fronckowiak vendeu mais de 10.000 exemplares de Inclassificável, obra que conta a sua trajetória, e é hoje um nome frequente nas listas de best-sellers das principais publicações brasileiras.
“Sempre li e escrevi. Desde pequena. Comecei a cursar jornalismo ainda no Sul, sempre com o interesse na escrita. Gosto de Clarice Lispector, Milan Kundera, Eduardo Galeano, Mário Quintana, Martha Medeiros, Luís Fernando Veríssimo e Adélia Prado”, enumera a eterna 'rebelde', cuja primeira participação na televisão foi na novela Viver a Vida (Rede Globo), em 2010, interpretando a personagem Duda.
“Projetos a gente sempre tem", diz a atual namorada do ator Rodrigo Santoro, sobre o futuro de sua carreira. “O ponto são os projetos que a vida faz para a gente. Mas acho que o público pode esperar que eu continue escrevendo e que eu faça parte de projetos que façam sentido para mim”.
Se a transição entre a carreira de atriz e modelo para a de escritora fez surgir algum preconceito? “O preconceito faz parte da vida. Para qualquer lado que você siga”, admite. “Se não souber lidar com ele, melhor não sair de casa. E o preconceito é um convite do outro, eu não costumo aceitar”.
EMOÇÃO
Na Fliporto, Mel definiu a literatura “como a capacidade que um texto tem de emocionar”. Emoção era o que não faltava na fila de autógrafos, algo que promete se repetir às portas da Livraria Leitura, com pequenos leitores bradando o seu livro (em que ela aparece na capa, mexendo os cabelos e acentuando sua falha fatal na sobrancelha) aos berros, na companhia de pais e mães que vigiam cautelosamente o frenesi de sua prole.
Mel espera que, estes mesmos pequenos leitores, quando adultos, acompanhem seus filhos também no ritmo de leitura: “Quando alguém é introduzido ao hábito de leitura na infância e na adolescência, a tendência é que permaneça na fase adulta. Sei a diferença que faz esse encontro com a literatura. E quem sabe meu livro pode ser também porta de entrada para este universo”.
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