CULTURA
Na conversa de bar
Diretor e ator falam ao JORNAL DA PARAÍBA sobre a comédia nacional 'E aí, Comeu...?'
Publicado em 22/06/2012 às 6:00
Recém separado, Fernando (Bruno Mazzeo) não se conforma com o fracasso de seu casamento com Vitória (Tainá Müller).
Honório (Marcos Palmeira), um jornalista machão, não para de desconfiar que a esposa (Dira Paes) 'pula a cerca'. Já Afonsinho (Emilio Orciollo Netto) sonha em ser um escritor de sucesso e busca um amor verdadeiro, apesar de se relacionar com prostitutas.
O trio, companheiros de mesa do bar, vão debater e descobrir qual é o papel deles no universo feminino na comédia E Aí, Comeu...? (Brasil, 2012), que estreia nos cinemas paraibanos hoje.
"A sinceridade traz um olhar sem pré-julgamentos e tolerante sobre o assunto. É mais fácil se identificar o pré-conceito em casos mais agudos do comportamento social", admite o diretor Felipe Joffily (Muita Calma Nessa Hora) em entrevista ao JORNAL DA PARAÍBA. "Quando o assunto é sexo, machismo e outras questões morais do filme, tudo pode parecer desnecessário e superficial. O preconceito está aí, julgar o filme através do comportamento dos seus personagens e negar a existência dos mesmos e, consequentemente, do próprio filme."
"É um filme que retrata a vida como ela é, sem papas na língua, de uma maneira divertida e olhando as relações humanas de forma honesta, engraçada e sem preconceitos", resume o ator Emilio Orciollo Netto. "O Afonsinho não tem nada a ver comigo na vida real. Ele é um grande solitário à procura de um amor verdadeiro."
O ator ainda conta que o 'laboratório' para ele, Bruno Mazzeo e Marcos Palmeira 'entrarem' nos personagens de E Aí, Comeu...? foi em um bar do Baixo Gávea, no Rio de Janeiro. "É um lugar legal para ver gente, tomar um chopp, relaxar e estar com os amigos."
Para o realizador carioca Felipe Joffily, o público feminino vai gostar de olhar pelo 'buraco da fechadura' do bar através do filme.
"É uma forma de saber como muitos homens são quando elas não estão por perto", acredita. "Mas não acredito que isso acontecerá durante todo o filme. Ao longo da película abrimos a porta e nossos corações."
Apesar de nascer no Rio de janeiro, o jovem diretor tem laços consanguíneos com a Paraíba: seu primo é o cineasta José Joffily (Prova de Artista, Olhos Azuis). "Minha família por parte de pai, dos meus avós para trás, são todos paraibanos", comenta.
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