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CULTURA

Na disputa pela Oscar, documentário 'Amy' desnuda a alma da cantora

Filme sobre Amy Winehouse se vale de imagens íntimas e investiga problemas da cantora.

Publicado em 10/02/2016 às 12:49

Disponível no Netflix desde o dia 1º de fevereiro, bem como outros serviços de streaming, como a plafatorma Globosat Play, Amy (idem, 2015) busca desvendar a alma atormentada da cantora Amy Winehouse, notória tanto pela voz única, quanto pelos excessos que acabaram por sepultá-la no auge da fama, aos 27 anos, no dia 23 de julho de 2011.

O diretor Asif Kapadia procura as verdadeiras razões que levaram uma jovem talentosa, apontada como a próxima Ella Fitzgerald, a sabotar a própria carreira. Em pouco mais de duas horas, Kapadia encontra suas respostas e as compartilha com o espectador.

Da rechonchuda adolescente bulímica, distúrbio que os pais hoje lamentam ignorar, já que gerou consequências graves no futuro da cantora, à incontrolável dependência de álcool e drogas, do tipo que enfiava o pé na jaca diante de milhares de pessoas (e paparazzi), o filme traça um retrato sólido da personalidade da cantora, desvendando qual era o peso que a massacrava.

Pelo que se vê, a vida de Amy não seria mansa, mesmo sem a presença de duas figuras que, de acordo com a abordagem, contribuíram para a derrocada da artista: o marido Blake Fielder-Civil, cuja relação tirou a cantora de tempo, inspirou canções de Back to Black (2006) e a iniciou nas drogas pesadas, como crack e heroína, e o pai, Mitch Winehouse, que fazia da carreira da filha sua galinha dos ovos de ouro.

Muito bem montado, Amy se vale de uma quantidade pra lá de satisfatória de imagens até então inéditas da cantora, da terna adolescência ao fim da vida. Kapadia conseguiu de Mitch e Blake, imagens da intimidade da artista que atestam a participação nociva dos dois na vida da cantora - no meio da produção, os pais dela abandonaram o projeto, tachando-o de “enganoso”.

A narrativa parte dos sonhos da jovem inglesa junto a seus amigos, passa pelos primeiros shows e o contrato com a major Island para a gravação de seu disco de estreia, Frank (2003) - em vida, ela só lançaria este e Back To Black.

Quando o roteiro chega ao célebre disco de 2006, a narrativa vai ficando cada vez mais tensa e deplorável e os eventos, espaçados por anos, vão sendo mostrados praticamente mês a mês, dando a noção exata da ascensão meteórica da inglesa.

O filme se vale de muitos depoimentos, mostrados em off, de praticamente todo mundo que cercou a cantora, dos pais aos amigos mais próximos, passando pelo presidente de gravadora, empresário, ex-empresário, guarda-costas (que se tornou o pai que ela precisava) e o nefasto marido, que chegou a ir para prisão, onde recebeu visitas da cantora.
De linhagem nobre, assim como o é Montage of Heck, sobre o Kurt Cobain, outro artista pra lá de problemático, Amy concorre a Melhor Documentário no Oscar de 2016 e é apontado como favorito para levar a estatueta em 28 de fevereiro.

Imagem

Jornal da Paraíba

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