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CULTURA

Norah Jones abraça o pop

Com uma sonoridade completamente diferente do jazz que a lançou, cantora Norah Jones lança seu novo trabalho, 'Little Broken Hearts'.

Publicado em 22/05/2012 às 6:30


Dez anos se passaram desde que Norah Jones estreou em disco. Filha do celebrado músico indiano Ravir Shankar, debutou com 22 anos em Come Away With Me, disco de jazz contemporâneo, reverente ao gênero, mas com um frescor pop que renderam hits radiofônicos como 'Don't Know Why'.

Em dez anos, Norah Jones aprimorou sua música. Pianista habilidosa, foi experimentando projetos dos mais diversos tipos em paralelo à sua consistente carreira discográfica: abraçou as raízes do country com os Little Willies; dividiu o palco com Willie Nelson e Wynton Marsalis para cantar Ray Charles e, por fim, emprestou sua voz envolvente ao projeto Rome, do produtor e ex-Gnarls Barkley Danger Mouse.

Uma década depois, Norah Jones dá início a um novo ciclo com uma sonoridade completamente diferente do jazz que a lançou.

Little Broken Hearts (EMI, R$ 31,90), o soberbo álbum que acaba de chegar às lojas (físicas e virtuais), é completamente diferente do caminho que ela vinha trilhando, mas é igualmente fantástico, sofisticado e especial.

A nova sonoridade, que em CD vem em luxuosa edição digipack, com encarte que vira um belo pôster, é fruto do reencontro de Nora com Brian Burton, o Danger Mouse. Juntos, eles trilham um caminho mais elétrico, mas igualmente delicado para falar das dores de amor que ela imprime nas letras com sensibilidade, mágoa e melancolia, tudo na medida certa.

Little Broken Hearts entrega justamente o que o título sugere: 12 pequenos corações partidos em forma de canções dark, delicadas, que falam da relação homem/mulher de maneira às vezes crua, às vezes intensa, mas sempre sincera. “Não é fácil continuar apaixonado, se você não pode mentir”, diz um verso do refrão de ‘Say goodbye’.

Na maior parte das faixas, Norah Jones troca o piano pelo teclado vintage. De acordo com o material de divulgação pela EMI, pela primeira vez a cantora chegou de mãos vazias ao estúdio. Não tinha músicas ou arranjos, mas apenas ideias rabiscadas em um caderno.

O objetivo é que ela e Mouse pudessem explorar os recursos do estúdio juntos e compor tudo na hora, embalados por uma trilha sonora sugerida pelo produtor – que ia de Fletwood Mac ao trio de punk-country Violent Femmes. Dessa forma, chegaram a texturas e arranjos soturnos que, por vezes, lembram os mais recentes trabalhos de P.J. Harvey.

Em ‘She’s 22’, Norah, acompanhada apenas pela guitarra e teclados, canta “Ela tem 22 e ama você. E você nunca irá saber quanto isso me deixa triste. Isso faz você feliz?”. Mas é em ‘4 broken hearts’ que Little Broken Hearts encontra seu ápice, com uma voz poderosa e arranjos que poderiam muito bem estar em um filme de David Lynch.

Enfim, um passo firme de uma cantora que, sem medo de se reinventar, faz um disco de belas canções tristes, apoiados em arranjos mais que especiais.

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Jornal da Paraíba

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