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CULTURA

"Nós não éramos do cinema"

Documentarista Vladmir Carvalho fala das lembranças e influências do professor Linduarte Noronha.

Publicado em 31/01/2012 às 6:30

O documentarista Vladimir Carvalho lembra de quando foi aluno ginasial do professor de Geografia Linduarte Noronha, as aulas eram sempre "sedutoras".

Ele lembra que o mestre falava de antropólogos como o teuto-americano Franz Boas (1858-1942) e nas férias tirava fotos para mostrar, por exemplo, as comunidades ribeirinhas do Maranhão.

Com base neste instinto antropológico, no fotojornalismo e na paixão autodidata pelo cinema – como uma "demanda reprimida", segundo Vladimir –, nasceu a obra-prima Aruanda.

"Nós não éramos de cinema e não sabíamos que estávamos entrando pro cinema", revela Vladimir, que participou no roteiro e na assistência de direção do documentário.

"Discutíamos o 'sexo dos anjos' específico ao fílmico, nada a ver com a prática", lembra Carvalho nos tempos antes de Aruanda.

"Ao mesmo tempo escutávamos a realidade gritar entre os estudantes, intelectuais e operários na época."

Apesar de seguirem à risca o Tratado da Realização Cinematográfica, do russo Kuleshov (1899-1970), Vladimir lembra da flexibilidade da realidade durante as filmagens perante o "roteiro de ferro" que tinham produzido nas "fumaças da teoria".

Durante a exibição da obra na primeira edição da Convenção Nacional da Crítica Cinematográfica, ocorrida na São Paulo de 1960, o paraibano atenta ao "frescor do imediatismo como pulso de realização" que a obra dos "rapazes da Paraíba" abateu em ilustres espectadores como Paulo Emílio Sales Gomes e Jean-Claude Bernardet. "O documentário brasileiro inexistia", atesta.

Mas o "carimbo de 'grande obra'", de acordo com Vladimir Carvalho, foi a exibição em primeira mão no plenário da extinta Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), onde foi vista por pesquisadores, economistas e intelectuais. (Audaci Junior)

Imagem

Jornal da Paraíba

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