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CULTURA

Notas irrequietas

Marília Arnaud lança, pela Editora Rocco, o romance 'Suíte de Silêncios'; noite de autógrafos em João Pessoa acontece próximo mês.

Publicado em 21/07/2012 às 6:00


Marília Arnaud acaba de lançar pela Rocco Suíte de Silêncios (192 páginas, R$ 27,00), primeiro romance da cronista que estreou com (1987) e da contista celebrada em antologias como Contos Cruéis: As Narrativas Mais Violentas da Literatura Brasileira Contemporânea (2006), organizada por Rinaldo Fernandes.

O novo livro já está disponível para a venda no site da editora e terá noite de autógrafos em João Pessoa no próximo mês. Narrada em primeira pessoa por Duína, personagem abandonada pela mãe na infância, a ficção tem um peso dramático que, na opinião da autora, não vai cair no gosto do leitor de um produto que ela chama de 'romance fácil'.

"A literatura existe para desassossegar o leitor. Se eu leio um romance que não me inquieta, eu vou fatalmente deixá-lo pela metade. Gosto de histórias que, quando saem dos livros, não saem de você", diz Arnaud, em primeira mão, para o JORNAL DA PARAÍBA.

Segundo ela, o livro começou a ser escrito em 2009, após vivenciar um período de luto e um hiato que persistiu por dois anos. Até a publicação, o original passou por muitas leituras críticas e pelas mãos de várias editoras até chegar à Rocco. Neste ínterim, a escritora já havia emplacado outro projeto literário, que pretende retomar em breve.

"Foram dez meses até conseguir o sinal positivo da editora. Foi um processo muito longo, de paciência e inquietação. A vantagem é que, quando termino um projeto, esqueço completamente dele".

O próximo livro será, novamente, um romance. "Acho que gostei do gênero. Quando escrevi as primeiras páginas de Suíte, eu não sabia exatamente no que ia dar. Pensava em quantos contos aquilo iria render", lembra o punho tão habituado aos textos breves.

GRANDE SALTO
"Minhas narrativas foram crescendo e se adensando. Para chegar ao romance, precisei dar um salto grande", confessa Arnaud. O pulo foi também de ordem editorial: da tímida 7 Letras, editora que publicou seu último volume de contos, O Livro dos Afetos (2005), migrou para a Rocco, que está distribuindo Suíte de Silêncios nacionalmente.

Para Rinaldo Fernandes, Marília Arnaud é uma das melhores contistas do país e uma romancista que "demonstra dominar a técnica do gênero", indo mais a fundo na construção psicológica do personagem: "Ela tem uma visão muito aguda de situações como o desejo e a morte", elogia o colega que é, a exemplo de Luiz Rufatto, um entusiasta de sua obra.

Rufatto incluiu a prosa de Marília em outra antologia de visibilidade nacional: 25 Mulheres Que Estão Fazendo a Nova Literatura Brasileira (2004), é amigo pessoal da paraibana e assina a orelha de O Livro dos Afetos, na qual declara abertamente: "Marília Arnaud é, sem dúvida, um nome que se afirma no cenário da literatura brasileira contemporânea. Duvida? Vislumbre o excelente ‘Girassóis no inferno’, ao mesmo tempo corajoso e delicado. Quantas vezes você deparou com algo parecido?".

Se a carreira nas antologias ajudou a lhe notabilizar? "Não tenho a menor dúvida quanto a isso", certifica a campinense, que trabalha também como analista judiciária e afirma não saber como ocorre o seu processo criativo: "É um processo misterioso, muito intuitivo. Estou o tempo todo escrevendo, mas só posso me dedicar à literatura nos fins de semana e à noite".

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Jornal da Paraíba

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