CULTURA
O Bem Amado chega aos cinemas; confira estreias deste fim de semana
Filme de Guel Arraes com Marco Nanini no elenco está na programação dos cinemas na Paraíba. Também estreia o suspense "Predadores", com a brasileira Alice Braga.
Publicado em 23/07/2010 às 10:04
Renato Félix
Do Jornal da Paraíba
Nos braços do povo, às voltas com a imprensa oposicionista, cortejando as irmãs Cajazeiras, controlando a filha liberal, mantendo ligações suspeitas com um matador profissional e tentando inaugurar sua grande obra (um cemitério, ainda de portas fechadas porque ninguém em Sucupira morre), o prefeito Odorico Paraguaçu tem uma vida agitada.
Criação de Dias Gomes para a peça Odorico, o Bem-Amado e os Mistérios do Amor e da Morte, o personagem já estrelou novela e seriado e agora chega ao cinema em O Bem Amado (Brasil, 2010; estreia hoje em JP), de Guel Arraes.
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Guel primeiro dirigiu a peça no teatro, com Marco Nanini já no papel principal. Mas quando o convite surgiu, a ideia - segundo o próprio Nanini, no material de divulgação - já era produzir um filme, com possibilidade de gerar uma série de TV. Mas o texto acabou sendo levado ao teatro primeiro.
Os personagens clássicos, que se tornaram populares principalmente por causa da novela de 1973 - que ganhou continuação como um seriado que durou de 1980 a 1984 - estão de volta, interpretados pela trupe recorrente de Guel Arraes: Dirceu Borboleta (Matheus Nachtergaele), as três irmãs Cajazeiras (Andréa Beltrão, Zezé Polessa e Drica Moraes), Vladimir, o editor de A Trombeta (Tonico Pereira), Neco, o repórter (Caio Blat), e Violeta (Maria Flor), filha de Odorico. E, claro, Zeca Diabo, agora interpretado por José Wilker.
Em ano de eleição, o filme é uma sátira política na qual Sucupira vira um microcosmo do Brasil. Já era assim quando a novela estreou, com Paulo Gracindo em sua imortal versão de Odorico. Com ares de chanchada, o filme busca vencer nessa área - a sátira política - onde o cinema brasileiro dificilmente encontra um bom equilíbrio.
O texto é um convite ao estilo de humor inteligente e brejeiro de Guel Arraes - o roteiro é dele e de Cláudio Paiva -, já evidenciado em O Auto da Compadecida (1998), Lisbela e o Prisioneiro (2003) e até em parte de Romance (2008).
Alice Braga em novo filme americano: ‘Predadores’
Predadores (Predators, Estados Unidos, 2010; estreia hoje em JP e CG, em cópias dubladas e legendadas) traz de volta os alienígenas caçadores e tenta ser o ponto de partida de uma franquia, mas nem é uma refilmagem, nem exatamente uma continuação dos dois filmes anteriores (de 1987 e 1990).
Com Adrien Brody (Oscar por O Pianista) e a brasileira Alice Braga no elenco, o filme se passa no planeta dos predadores, para onde um grupo de assassinos é levado... como caça. Tal qual os fuzileiros liderados por Schwarzenegger no original, estes também terão que lutar pela vida contra um inimigo que nem podem ver.
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