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CULTURA

O biógrafo de Jesus Cristo

Após sofrer um acidente vascular cerebral, escritor Raimundo Carrero se dedica ao seu novo trabalho, que tem o título prévio de 'Jesus - O Deus Perseguido.'

Publicado em 30/03/2013 às 6:00


Foi depois daquilo que alguns chamam de milagre que Raimundo Carrero debruçou-se sobre o que considera o seu projeto mais ousado: a biografia de Jesus Cristo. Mais magro, o escritor, que há três anos sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e até bem pouco tempo digitava com um dedo só, vai chegando devagar à obra que tem o título prévio de Jesus - O Deus Perseguido.

"Estou escrevendo os primeiros rascunhos, mas o livro é lento, muito lento, porque é algo muito sério, cujo personagem exige reflexão e habilidade, sempre baseado nos teólogos", diz Carrero, que afirma não temer a recepção do livro: "Não é nada para escandalizar nem ofender, mas para exaltar e examinar".

Mal tendo entregue à editora Record o seu mais novo romance, Tangolomango - O Ritual das Paixões deste Mundo (ainda sem previsão de lançamento), o pernambucano já pensa também no futuro de sua literatura, toda organizada em sequências que ele concebe gradativamente.

"Planejo, em princípio, uma obra geral, um romance, digamos, que trabalha com temas e personagens. Depois me ocupo dos pares literários, aprofundando os questionamentos. Basta verificar minha obra. O trabalho mais longo começa com Maçã Agreste (1989) e vai até Lamalagata, que vai ser escrito, e é um conjunto de sete romances, com seis já publicados", explica.

Paralelamente, Carrero ainda pensa em sua autobiografia, faz terapia ocupacional às segundas e aos sábados, atualiza seu perfil no Facebook com frequência e acompanha a construção de um centro cultural que ficará pronto no segundo semestre, onde ministrará sua procurada oficina de literatura.

Muito? Ainda sobra tempo para ler a nova geração de escritores que ele mesmo ajudou a formar: "Sim, tenho acompanhado o trabalho de toda esta geração com a maior alegria. Creio mesmo que a literatura brasileira nunca esteve tão bem. E as oficinas, a seu modo, têm contribuído para isso".

Para a música, outra de suas paixões (tocando sax, fundou um conjunto nos anos 1960 e compôs peças para o instrumento), sobra pouco tempo: "A música brasileira anda muito, muito ruim, no geral. Há casos particulares de qualidade e sofisticação. Ouço pouco e estudo menos ainda".

Traduzido em outros idiomas, Carrero encara com sobriedade a repercussão de sua obra lá fora: "A aceitação se dá dentro do esperado. Nem muito sucesso nem muito fracasso". Ainda este ano, A Minha Alma é Irmã de Deus (2009) sai nos EUA e A História de Bernarda Soledade (1975), na Romênia.

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Jornal da Paraíba

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