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CULTURA

O legado da Guerreira

Há exatos trinta anos o Brasil perdia a cantora mineira Clara Nunes; biografia da artista será relançada para homenagear a artista.

Publicado em 02/04/2013 às 6:00


“Clara é uma artista atemporal. Assim como a artista, o seu legado também é atemporal, não é datado”, define o jornalista carioca Vagner Fernandes, autor da biografia Clara Nunes - Guerreira da Utopia.

Se 2012 foi o ano em que o Brasil lembrou a gaúcha Elis Regina, por conta do hiato de três décadas de ausência do ‘furacão’, a mineira Clara Nunes também ganha homenagens pela sua vida dedicada à música e às raízes culturais afro-brasileiras.

Nesta terça-feira, faz exatos 30 anos de sua morte, após passar 28 dias em coma decorrente de um choque anafilático, quando fazia uma cirurgia de varizes, aos 40 anos.

Dentre os tributos, Fernandes conta que será relançada, em breve, a biografia escrita por ele, publicada originalmente em 2007 pela Ediouro, atualmente esgotada. De acordo com o escritor, Clara Nunes - Guerreira da Utopia está em negociações com uma nova editora, ganhando uma edição revista e ampliada com informações que o biógrafo vem colhendo ao longo dos últimos anos. “O livro terá um programa dos espetáculos realizados no Japão, em 1982”, exemplifica.

Vagner Fernandes queria relançar a biografia nesta data de morte, mas um dos motivos do atraso corresponde ao processo de liberação dos direitos autorais do abundante material fotográfico na obra. “Ler e acompanhar visualmente traduz melhor a trajetória de Clara”, aponta.

OBRA COMPLETA
Além de abraçar a cultura afro-brasileira sem temer represálias e preconceitos, a ‘Guerreira’ também revolucionou o mercado fonográfico nacional junto com nomes como Beth Carvalho e Alcione, aderindo ao samba no seu repertório. Clara Nunes foi também a primeira cantora brasileira a vender mais de 100 mil cópias.

Fernandes é responsável por organizar um box que terá toda a discografia da cantora mineira. Segundo o jornalista, a discografia de Clara foi relançada em dois momentos: em 1997 e 2003, sendo este último uma coleção onde cada CD reunia dois LPs da artista.

Fernandes prevê que a nova caixa sairá ainda este ano pela EMI, remasterizada e preservando a individualidade de cada trabalho da cantora, bem como a representação de seus encartes originais.

A voz que imortalizou sucessos como ‘Morena de Angola’ (de Chico Buarque) e ‘O mar serenou’ (de Candeia) poderá, ainda, ser conferida em dois áudios inéditos que Fernandes garimpou: uma apresentação da turnê Sabor Bem Brasil (1978), com nomes como João Bosco, Gonzagão e Altamiro Carrilho, e um show em Abidjan, na Costa do Marfim (1979), junto com João Nogueira. “Estamos negociando e deve virar CD”. Nos planos deste ano do biógrafo, haverá também uma exposição sobre a cantora no Rio de Janeiro.

Recentemente, a baiana Mariene de Castro lançou uma homenagem a cantora com Ser de Luz (Universal) e a mineira Aline Calixto disponibilizou para download gratuito no FaceBook uma releitura de ‘Conto de areia’ (Romildo Bastos/Toninho Nascimento) com participação do rapper Emicida.

Trinta anos depois de sua morte, Vagner Fernandes tem absoluta convicção que a artista continua ‘viva’ pelo carinho e predileção do público, ao lado de nomes consagrados como Elis, Gal e Bethânia.

Imagem

Jornal da Paraíba

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