O pequeno grande grão

Há 14 anos, Adilson Lucena interpretava nos palcos o 'Grão sonhador', papel que lhe rendeu o prêmio de melhor ator de teatro infantil no Festival de Teatro de São José do Rio Preto, em São Paulo.

O espetáculo era O Pequenino Grão de Areia, texto do pernambucano João Falcão que o ator, também conhecido como 'Palhaço Pipi', agora dirige à frente da companhia que batizou com o mesmo epíteto: a Pipi Produções Artísticas.

No elenco da peça que faz temporada de duas semanas em João Pessoa, com sessões aos sábados e domingos, às 17h, no Teatro Santa Roza, atores veteranos como Francijane Cavalcanti (A Saga de Daluz), que contracenou com o diretor naquela primeira montagem.

“Ela faz os mesmos papéis que fez na época: a 'Onda do mar', o 'Grão barão' e o 'Grão que ri', que por sinal foram um dos seus primeiros trabalhos no teatro”, conta Lucena, que também investiu em revelações como Odécio Antônio (em cartaz no Centro Cultural Piollin com Quincas, às quartas e quintas-feiras).

“Quero consolidar este grupo e ficar em cartaz com O Pequenino Grão de Areia até o fim do ano, quando embarcaremos em um novo projeto”, acrescenta o diretor.

Segundo ele, a sua próxima empreitada é adaptar o texto de 'Many Moons', conto do humorista e cartunista americano James Grover Thurber (1894-1961), para o teatro. O projeto já está sendo conduzido por Lucena, que já tem um título provisório para a segunda peça do repertório do grupo: A Princesa e a Lua.

“Tanto este texto quando O Pequenino Grão de Areia tratam de valores como amizade, respeito, carinho, fantasia e amor.

Valores de um teatro no qual eu acredito: o teatro do sonho e da imaginação”.

Para a construção deste universo lúdico, a encenação valeu-se da iluminação de Eloy Pessoa e de uma trilha sonora que contou com a supervisão do maestro Carlos Anísio. Apesar da carreira ainda incipiente, a Pipi Produções Artísticas já foi convidada para o Festival Curumin, realizado pelo Sesc Paraíba em Campina Grande.