O Rei não anda de Opala

Ele pode ser 'o cara', mas no repertório d'Os Caronas do Opala, continuará andando de calhambeque: no show que a banda dedica a Roberto Carlos nesta quinta-feira, às 21h, em João Pessoa (na Vila do Porto, antiga Intoca), só haverá espaço para canções da década de 1970.

"Na nossa visão, esta é a fase áurea de Roberto Carlos e a melhor", opina Nildo Gonzalez, baterista que se despede da atual formação, passando as baquetas para Diego Miranda (Os Reis da Cocada Preta) e dando as boas vindas também a Igor Tadeu (Sem Horas), que substitui Sergio Mota nos vocais do grupo que a partir de 2013 passa a se chamar Joe Vanguarda.

"Este show é o fechamento de um ciclo e a abertura de um novo", diz Gonzalez, que se muda para o Piauí no próximo ano. Segundo ele, Joe Vanguarda continuará com o clima d'Os Caronas: "O próprio nome é uma referência à Jovem Guarda", explica um dos membros fundadores do grupo que surgiu na cena pessoense em 2006.

'O HERÓI ESPERADO'
Foi em uma mesa regada a cerveja no Centro Histórico, naquele ano, que Gonzalez e uma turma de amigos decidiram montar uma banda para cantar sucessos do Rei.

"Foi por isso que escolhemos Roberto Carlos para fechar esse ciclo: ele é referência mútua dos integrantes da banda".

Os Caronas do Opala estreou em alto estilo, despontando em plena Praça Antenor Navarro a bordo de um opala preto recebido por 600 pessoas, número que se ampliou em suas apresentações em edições do Cafuçu, Festa das Neves e da extinta Bregareia, no Brejo.

Seus hits autorais são 'Lígia por quê?', 'Quantos olhos', O meu cariokeissh' e 'Bicicleta lilás'. A formação atual é composta por Igor Tadeu (vocal), Valter Pedrosa (guitarra), Alexandre Venanci (baixo), Herlon Rocha (teclados), Dênis (trompete) e Raniere Morais (trombone). A noite terá ainda participação de Chico Correa, Homem Trapo em LP, Victorama Live Set e Felipe Spencer.