O rock de protesto está vivo

A cantora paraibana Val Donato começou a carreira em 2009 se apresentando em bares de Campina Grande e João Pessoa.

Posteriormente lançou CD, abriu shows de Leoni, Pouca Vogal, Oswaldo Montenegro e vários outros artistas nacionais.

Com uma carreira sólida no mercado paraibano, a cantora se prepara para o lançamento de seu novo álbum: A Ditadura do Povo. A previsão é que no próximo mês o CD de 12 faixas e todo autoral já esteja disponível.

O título do CD também dá nome a primeira música de trabalho do novo álbum. A canção já havia sido apresentada nos shows da cantora, mas foi lançada oficialmente na última semana na página de Val Donato no Facebook.

A antecipação da divulgação aconteceu devido ao momento social que o País está passando. "O momento pedia que a música fosse ouvida, pois as pessoas só relacionam os protestos no rock ao que era produzido na década de 1980", revela Val Donato.

A cantora também confessa que é importante que os compositores tenham consciência da sua representatividade. "Assim como nas outras artes, a música serve para expressar ideias, sensações e o rock cumpre esse papel em relação ao meio social e político", ressalta.

Com relação ao atual momento do rock nacional, Val Donato conta que não é apenas tocar guitarra e cantar qualquer coisa. "Hoje as letras são bobas, com temática adolescente, elas não possuem a rebeldia 'com causa', que é tradicional do gênero", destaca.

A cantora também ressalta que o rock não é barulho, mas é um meio de representação da sociedade através dos músicos. "O rock é passar uma mensagem verdadeira, seja ela qual for, mas a sua energia não pode ser usada em uma letra vaga, é preciso ter uma mensagem, um conteúdo", confessa.

Além de 'A ditadura do povo', a música 'Jornal de ontem' tem como finalidade apresentar a realidade que as pessoas ignoram ou não enxergam. O CD também conta com canções que abordam o amor, o desapego.

Uma das músicas é 'Pra mim, você' que integra a trilha do filme Tudo Que Deus Criou, de André da Costa Pinto.