CULTURA
Os Descendentes: uma teia de emoções
Repórter do Jornal da Paraíba fala sobre o novo filme dirigido por Alexander Payne e estrelado por George Clooney. São cinco indicações ao Oscar.
Publicado em 27/01/2012 às 8:14
Em tempos de efeitos especiais arrojados e projeções em 3D, é ótimo saber que o cinema reserva espaço ao drama humano e sensível, às histórias simples, mas bem contatas, a às atuações eficientes, sem exageros.
Neste lugar encontra-se Os Descendentes (The Descendants, EUA, 2011), cujos atributos já lhe renderam dois Globos de Ouro importantes (filme/drama e ator/drama) e cinco indicações ao Oscar, entre elas a de Melhor Filme e Melhor Diretor. O longa, dirigido por Alexander Payne (Sideways) e estrelado por George Clooney, estreia em duas salas na Capital.
Aos 51 anos, Clooney deixa de lado personagens charmosos para incorporar um nativo do Havaí com cara de quem está à beira de um precipício. Sua mulher acabara de sofrer um acidente e entra em coma. E isso desencadeia a série de acontecimentos que recheiam o roteiro com reviravoltas, dramas e alguns momentos cômicos.
A tragédia é o epicentro de uma teia que une, numa ponta, um caso extraconjugal, e na outra, a venda de um baita terreno, herdado por Matt King (Clooney) e seus primos. Entre um extremo e outro está um pai ausente tentando restabelecer seus laços com as filhas de 10 e 17 anos, respectivamente.
Melhor filme de Alexander Payne até agora Os Descendentes é, desde já, um dos grandes longas de 2012.
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