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CULTURA

Os seres místicos de Trapo

Exposição individual do artista visual Thiago Trapo é aberta nesta terça-feira (26) no hall da Aliança Francesa de João Pessoa.

Publicado em 26/11/2013 às 6:00 | Atualizado em 04/05/2023 às 12:25

Alguns seres místicos personificados em formas femininas vieram à Terra para ensinar a humanidade a viver, ou melhor, sobreviver. Os lunares, seres assexuados, mas parecidos com sereias, serão tema da exposição do seu ‘criador’, o artista visual paraibano Thiago Trapo, que faz parte do projeto Jovens Talentos da Paraíba, aberta nesta terça-feira, às 19h30, no hall da Aliança Francesa de João Pessoa.

Com curadoria de Dyógenes Chaves, a individual encerra o ciclo 2013 do projeto, permanecendo aberta ao público até o dia 21 de dezembro.

Em Lunares, o artista apresenta um recorte de sua produção com referências pop. Em suas fotografias e colagens, Trapo proporciona uma experiência estética que se associa à Pop Art norte-americana da década de 1960, escola artística que criticava a massificação da cultura popular.

Suas referências estão em nomes como Andy Warhol, Maciunas, Yoko Ono, Vostell e Beuys, entre outros.

Cores fortes e sobreposições com um toque de críticas sociais através de seres inventados são alguns dos elementos presentes na obra de Thiago Trapo, caracterizado como contemporâneo.

“Em algum momento eu decidi ir atrás de referências mais da rua mesmo, da coisa mais cotidiana”, explica. “Com a Pop Art eu consigo atingir um raio maior. Tenho ânsia de passar o que eu penso do mundo e a Pop Art me dá a oportunidade disso ser mais acessível. É uma coisa bem menos ortodoxa”.

Mas não é a forma em si que Trapo prioriza. “O que importa pra mim não é objeto artístico é o que ele traz”. Com isso, ele pretende levar ao público a crítica social de que existem seres superiores aos humanos, criaturas do espaço sideral que já conseguiram superar todos os problemas da humanidade.

A exposição trata de questões existenciais. “A relação que o ser humano estabelece com o meio que ele vive. A existência do planeta. (A mostra) é muito sobre o ser humano”, define, frisando que a exposição é mais uma crítica aos seres humanos que ainda não conseguiram superar seus problemas.

“(Os lunares) é como se fossem uma raça existente na Terra que não é daqui, mas que estão tentando ensinar a gente a viver. Eles tem formas femininas e são mais sábios”, conta o pessoense, que completa a ideia maternal dos lunares explicando que eles vieram para ajudar os humanos a superarem questões relacionadas a intolerância sexual, corrupções políticas, guerras, entre outras problemas inerentes à humanidade.

“Coisas que elas já resolveram e vem para a terra para ensinar a gente o que seria a existência”, conta o artista.

Apesar da mitologia dos lunares ser uma criação do próprio artista, ele se baseou em várias outras lendas universais, a exemplo da Atlântida, o continente perdido sob as águas. Nos escritos de Platão, Atlântida era uma potência que conquistou muitas partes da Europa Ocidental e África há aproximadamente 9600 a.C.. Após uma tentativa fracassada de invadir Atenas, a cidade afundou no oceano.

“Alguns teóricos acreditam que Atlântida era uma nave espacial”, comenta Trapo, explicando que os lunares são uma evolução de seres aquáticos: as sereias. “Esses seres vem e a gente não sabe lidar com eles. Porque a gente acha que é uma coisa do mal. Isso na estética da exposição é mostrado por marcas. Elas têm marcas”.

VÁRIOS MEIOS

Lunares é composta por fotografias, textos e vídeo. “A minha ideia é tentar aproximar todas as linguagens que eu desenvolvo”, resume Thiago Trapo.

Na individual há textos do paraibano que explicam sobre essas entidades, fotografias sem intervenção, imagens que registram os lunares com manipulações no photoshop e colagens, além da exibição de um vídeo “para justificar a lógica dos seres”.

Imagem

Jornal da Paraíba

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