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Projeto foi contemplado com o Programa Livro Aberto, do Ministério da Cultura, que tem como meta a ampliação do acesso ao livro e à cultura.
Publicado em 29/06/2012 às 8:00
Joana Donila Cabral, a Dona Joaninha, como é conhecida pelos ex-alunos em Ouro Velho (no Cariri), foi uma pioneira da Educação da cidadezinha de três mil habitantes na divisa entre Paraíba e Pernambuco.
Fundadora do Colégio Cenecista Nossa Senhora das Graças, na década de 1960, protagonizou um verdadeiro perrengue político em defesa da instituição, que foi rechaçada à época pelas instâncias municipais.
Hoje, às 17h, no Clube Municipal de Ouro Velho, a escritora assina suas memórias: Documentário de um Sonho, Memórias de Uma Professora (Editora da UFPB), livro que narra sua luta em prol do ensino e da cidadania.
"Eu já colhi flores e espinhos. Hoje só colho frutos", disse a autora, por telefone, de Campina Grande, a caminho da cidade que a aguarda também para a inauguração de uma biblioteca que vai ser batizada com o seu nome.
O projeto foi contemplado com o Programa Livro Aberto, do Ministério da Cultura, que tem como meta a ampliação do acesso ao livro e à cultura.
Para Joana Cabral, o lançamento e a homenagem constituem a contrapartida de sua obra, que foi idealizada para ser uma história baseada em sua vida e na vida de sua cidade: "Por isso o título que mistura 'documentário' e 'memória'", explica a escritora.
Dona Joaninha aposentou-se em 1991 e conta que recebeu o incentivo do Desembargador Simeão Cananea (já falecido) para reconstituir suas lembranças: "Foi ele o autor do parecer que manteve a colégio de pé, nos anos 1970, e sempre que me via, cobrava o livro".
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