Paraibana participa do 1º Festival de Cinema e Cultura Indígena, em Brasília

A jornalista, realizadora audiovisual e indígena paraibana Iasmin Soares foi selecionada para participar de um laboratório de finalização de curtas do 1º Festival de Cinema e Cultura Indígena (FeCCI), em Brasília. O documentário 'Afluências', dirigido por ela, será exibido no evento que acontece de 2 a 11 de dezembro.

O Festival de Cinema e Cultura Indígena (FeCCI), em sua primeira edição, foca nas histórias de coletivos e realizadores de origem indígena, tendo como propósito promover, fortalecer e difundir as variadas culturas e cinemas dos mais de 305 povos indígenas do país. O festival vai acontecer de 02 a 11 de dezembro, e leva gratuitamente ao Cine Brasília, uma programação repleta de filmes, masterclasses, ciclos de rodas de conversa e instalações com experiências imersivas, VR e atividades online.

Em agosto, foi realizado o FeCCI Lab, laboratório de projetos audiovisuais. Nele, foram selecionados três curta-metragens de todo o Brasil para serem desenvolvidos, e  ‘Afluências’, dirigido por Iasmin Soares, foi um dos escolhidos. O filme é um documentário, e traz reflexões sobre a afetividade de mulheres indígenas em retoma e a colonialidade do poder através de três entrevistadas, muita poesia e a figura da àgua.  A obra teve a produção, direção, edição e fotografia da jornalista.

A realizadora audiovisual foi até Brasília em Outubro para participar desse laboratório do FeCCI, voltou para Paraíba com o documentário totalmente finalizado e pronto para ganhar os festivais e as telas.

"O laboratório foi uma experiência maravilhosa. Aprendi muito com o pessoal e foi uma oportunidade única de levar um cinema independente, sem recursos nenhum para um lugar tão importante. "Afluências" é o meu primeiro filme, mas já fez história, só tenho gratidão", detalhou Iasmin.

Dentro da programação presencial de 02 a 11 de dezembro, "Afluências" será exibido no Cine Brasília, um dos principais cinemas do Brasil. De acordo com Iasmin Soares, que também é uma mulher indígena em retomada, "é uma alegria estar presente num festival de cinema tão importante, representando a força das mulheres indígenas, e levando um documentário que fala sobre um assunto tão necessário", pontuou.