CULTURA
Patu Fú e mamulengos se apresentam em JP
Shows fazem parte do projeto Dia de Brincar que ocorrerá no Parque Solon de Lucena (Lagoa).
Publicado em 09/10/2011 às 6:30
As caravanas do Pato Fu e da Companhia Carroça de Mamulengos, provavelmente, se cruzaram em algum ponto das rodovias paraibanas no último mês de maio. É que na mesma data em que a banda mineira chegava a João Pessoa para apresentar seu show no Espaço Cultural, 'Brasilino' (nome do ônibus que transporta a família Gomide) acabava de pegar a estrada depois de ficar dois dias estacionado no Centro Histórico pessoense.
A agenda dos dois grupos volta a coincidir hoje no Dia de Brincar, evento gratuito que ocorre das 12h às 18h no Parque Solon de Lucena. Os shows, abertos ao público, antecipam a comemoração do Dia das Crianças e têm como cenário um parque de diversões montado no anel interno da Lagoa.
Segundo informações da Prefeitura Municipal de João Pessoa, a estrutura conta com 120 brinquedos e espaços onde os pequenos podem participar de várias atividades lúdicas.
REPETECO
No embalo do lançamento do DVD ao vivo de Música de Brinquedo (Microservice, R$ 34,90), gravado em abril em São Paulo, John Ulhoa falou ao JORNAL DA PARAÍBA sobre a volta do Pato Fu a João Pessoa.
"Basicamente, vamos levar o mesmo espetáculo, tirando um ou outro brinquedo novo que foi incorporado", diz Ulhoa. "No entanto o Música de Brinquedo é o show mais dinâmico que fizemos, sempre acontecem coisas inesperadas e improvisações, pelo próprio fato de usarmos esses instrumentos".
É de se esperar, portanto, que os arranjos pueris, mas não menos sofisticados, de canções como 'Frevo mulher' (de Zé Ramalho) e 'Ovelha negra' (de Rita Lee) ganhem sonoridades diversas das ouvidas na vez passada, com a inclusão das novas quinquilharias melódicas do Pato Fu.
Ulhoa comenta que a brincadeira que fizeram com toda essa 'gente grande' da música ainda não foi reprovada por ninguém: "Nos extras do DVD tem um tanto de entrevistas com vários dos autores originais das canções: Zé Ramalho, Rita Lee, Ritchie, o pessoal dos Paralamas, dos Titãs... Ficamos orgulhosos quando disseram o tanto que gostaram das versões e do disco como um todo. Em breve colocaremos uma edição ainda mais completa dessas entrevistas no nosso site", avisa.
Nina, filha do casal Ulhoa e Takai, é um pouco mais crítica: "Ela gosta mais do registro de estúdio que do ao vivo. Afinal, no de estúdio ela canta", explica o guitarrista, que descarta a possibilidade desta proposta estética influenciar a carreira futura do quinteto. "Acho que foi mais o contrário. Alguns dos elementos que usávamos no Pato Fu já prenunciavam algo assim. O que o Música de Brinquedo nos trouxe foi uma vontade de tocar sem eletrônicos, fazer um show mais solto".
A Cia. Carroça de Mamulengos traz novamente o espetáculo Histórias de Teatro e Circo, peça que desperta lembranças como a de Ulhoa quando fala do Dia das Crianças: "Pra mim o legal era ganhar brinquedos no mesmo dia que outros amigos também. Virava o festival do brinquedo novo".
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