CULTURA
Pendurando cangaceiros
Cordelista potiguar Nando Poeta lança nesta sexta-feira (18) dois folhetos sobre o Cangaço; lançamento acontece no Sebo Cultural.
Publicado em 18/01/2013 às 6:00
Ninguém melhor que o próprio poeta para se apresentar: "Me chamo Nando Poeta,/pequeno era Fernandinho,/quando jovem Cachimbinho./Liberdade é sempre meta/em defesa do proleta/hoje eu faço militância".
O cordelista potiguar, radicado em São Paulo há cinco anos, lança nesta sexta-feira em João Pessoa dois folhetos sobre o cangaço: A Saga de Jesuíno Brilhante e O Cangaço e o Lendário Lampião.
As obras, que o poeta assina a partir das 17h, na livraria O Sebo Cultural, são publicadas pela editora paulista Luzeiro, estão disponíveis para venda online no site.
Autor de cordéis sobre temas como o direito da mulher, o direito dos trabalhadores e o bullying nas escolas, Nando Poeta deixa um pouco de lado a contemporaneidade nestes dois trabalhos que se detêm sobre um mote já tradicional para o gênero: o cangaço.
Juntas, as obras reúnem mais de 500 versos sobre a história de Jesuíno Brilhante, líder do primeiro bando de cangaceiros conhecido no Nordeste, e Lampião, o mais famoso, temido e perseguido criminoso, para uns, e herói, para outros, da região.
Segundo o pesquisador Aderaldo Luciano, que assina a apresentação de O Cangaço e o Lendário Lampião, Nando Poeta filia-se à cepa de cordelistas que têm seu forte na crítica social e no denuncismo político.
Já o também cordelista Varneci Nascimento, autor da apresentação de A Saga de Jesuíno Brilhante, considera Nando Poeta um "sociólogo que sabe da importância do estudo e por isso buscou conhecer mais e melhor a história do cordel, seus autores, suas influências, o meio em que viveram e as condições em que espalharam sua poesia".
Formado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Nando é autor, entre outros, de Bush e Obama e Peleja da CUT com a Conlutas, editados pela Casa do Cordel.
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