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CULTURA

'Physical Graffiti' do Led Zeppelin faz 40 anos

Álbum duplo do Led Zeppelin, que traz entre suas faixas a épica 'Kashmir', ganha reedição remasterizada e com disco bônus.

Publicado em 24/02/2015 às 11:05 | Atualizado em 21/02/2024 às 15:52

Há exatos 40 anos, chegava às mãos dos fãs do Led Zeppelin Physical Graffiti, primeiro disco da banda a sair pelo próprio selo, o Swan Song Records. Com mais de oito milhões de cópias vendidas, o disco duplo, o sexto do quarteto inglês, foi um fenômeno de vendas e sucesso entre a crítica – é facilmente encontrável nas listas dos melhores discos de rock de todos os tempos.

A Warner Music aproveita a data para colocar nas lojas uma nova edição do disco, dando sequência às reedições da discografia da banda, supervisionadas pelo guitarrista Jimmy Page.

Lá fora, o álbum retorna em CD e vinil, tudo remasterizado e com encarte caprichado - nas de luxo, acompanha um disco bônus com versões alternativas para sete, das 15 faixas originais de Physical Graffiti.

No Brasil, a Warner informou que ainda não há previsão para o lançamento em CD, como ocorrera com os álbuns anteriores, mas acompanha o lançamento digital do álbum que traz ‘Kashmir’, uma das canções mais populares do Zeppelin.

Milagre

O disco saiu por milagre. Quando Physical Graffiti estava para sair, o grupo, formado seis anos antes, com cinco discos monumentais no currículo e alguns hinos que se tornariam imortais na galeria do rock, vivia o auge de sua popularidade, entretanto seus integrantes passavam por uma crise.

Em novembro de 1973, oito meses depois do lançamento de Houses of the Holy, o estúdio Headley Grange estava à espera da banda, mas o baixista John Paul Jones quase põe tudo a perder quando ameaçou abandonar o grupo. Ele havia cansado do rock ‘n’ roll e queria ingressar em um coral de igreja.

Além disso, o baterista John Bonham vivia tão mergulhado em álcool que, segundo reza a lenda, tinha um estoque de fraldas sempre à mão para quando a bexiga resolvesse trabalhar de maneira independente. E o vocalista Robert Plant pensava em ter uma carreira solo paralela ao grupo.

Com isso, as sessões do que viria a ser Physical Graffiti se resumiram a algumas poucas semanas entre janeiro e fevereiro de 1974, quando o quarteto conseguiu gravar oito faixas.

Mesmo com as adversidades, eram oito gravações que animaram a turma. Estava lá ‘In my time of dying’, um blues longo e intenso, burilado durante a gravação, sobre um homem em busca de redenção na hora de sua morte.

A canção, creditada aos quatro integrantes do Led, é uma variação de ‘Jesus make up my dying bed’, lançada por Blind Willie Johson em 1928, e regravada por Bob Dylan como 'In my time of dyin'' (sem o "g" que seria incorporada à canção do Zeppelin) em 1962.

Também foi dessas sessões o funk ‘Trampled under foot", que persegue a sonoridade de Stevie Wonder; o hard rock ‘Sick again’ e a balada ‘Ten years gone’, sobre como Plant largou um grande amor pela banda, além de ‘Kashmir’.

Cercada por uma deslumbrante sessão de cordas, a epopéia de mais de oito minutos tem um dos riffs mais conhecidos do Led Zeppelin e reflete a viagem que Page e Plant fizeram ao Marrocos – o guitarrista costumava dizer que teve uma cítara muito antes de George Harrison (vale a pena lembrar que Page esteve na Índia ainda com os Yardbirds, banda que antecedeu o Led Zeppelin).

“‘Kashmir’ sintetizava a abordagem múltipla do Led na maneira de fazer rock (parte rock, parte funk, parte tempestade de areia do Himalaia) tão completamente quanto ‘Stairway...’, mas pode-se dizer que é um feito ainda maior. Robert Plant pensa que sim (...): ‘Eu gostaria que lembrassem de nós por ‘Kashmir’ mais do que por ‘Starway to heaven’, ele disse uma vez. (...) É a música definitiva do Led”, anotou Mick Wall no livro Led Zeppelin – Quando os Gigantes Caminhavam Sob a Terra (Larousse).
Mas oito faixas iriam além de um disco convencional. Era a hora de emplacar um álbum duplo. Afinal, naquela época, ter um disco duplo era sinal de alto prestígio (Beatles, Who e Dylan já tinham lançado arrebatadores LPs de quatro faces) e o grupo havia um baú repleto de boas gravações que perigavam cair no esquecimento.

Foi assim que o repertório de Physical Graffiti acomodou gravações feitas nas sessões de Led Zeppelin III (‘Bron-Yr-Aur’), Led Zeppelin IV (‘Down by the seaside’, ‘Night flight’ e ‘Boogie with stu’, versão para ‘Oohmyhead’, de RichieValens, e por isso a banda quis creditar a mãe do cantor nos créditos quando soube que ela nunca recebera um centavo pelas canções do filho) e Houses of The Holy (‘The rover’, ‘Houses of the holy’ e ‘Black country woman’).

Juntas, as 15 faixas acabaram por pintar uma amplitude temática de sonoridades, que parte de um material mais pop até a complexidade sinfônica de ‘Kashmir’. Cultuado como o Sgt. Peppers do Led Zeppelin, Physical Graffiti conserva a admirável habilidade de seus músicos para produzir um conjunto de canções descomunais.

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Jornal da Paraíba

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