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CULTURA

Pinto do Acordeon: políticos e artistas lamentam a morte do mestre da cultura paraibana

Cantor, que foi também vereador em João Pessoa, morreu nesta terça-feira.

Publicado em 21/07/2020 às 10:15 | Atualizado em 21/07/2020 às 18:11


                                        
                                            Pinto do Acordeon: políticos e artistas lamentam a morte do mestre da cultura paraibana

				
					Pinto do Acordeon: políticos e artistas lamentam a morte do mestre da cultura paraibana
Foto: divulgação/secom-jp. Foto: divulgação/secom-jp

A morte do músico paraibano Francisco Ferreira de Lima, mais conhecido como Pinto do Acordeon, na madrugada desta terça-feira (21), foi lamentada por políticos e artistas da Paraíba. O artista morreu aos 72 anos, vítima de um câncer de bexiga. Ele estava internado desde janeiro, no Hospital da Beneficência Portuguesa, em São Paulo, onde faleceu. O corpo do músico será velado em João Pessoa, em um cemitério privado, e enterrado no município de Patos, no Sertão paraibano.

Um dos que emitiu nota de pesar foi o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV), com quem dividiu o parlamento na Câmara Municipal da capital, entre os anos de 1993 a 1997 e homenageou na edição de 2014 do São João Pra Valer, realizado pela prefeitura.

"Foi com muito pesar que recebi a notícia do falecimento de Pinto do Acordeon. A Paraíba perde um de seus maiores nomes, uma referência em cultura nordestina e na nossa música. Ele era um artista nato, dono de um talento como poucos. Tive a oportunidade de ser seu companheiro na Câmara Municipal e muito me orgulhou poder homenageá-lo no nosso São João. Que Deus o receba de braços abertos e que sua família, amigos, fãs e admiradores tenham a força para superar o momento. Pinto do Acordeon se vai, mais deixa uma história que jamais será apagada de nossas lembranças", afirmou o prefeito Luciano Cartaxo.

O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB), lamentou a morte de Pinto do Acordeon e destacou a essência cultural da obra do cantor e compositor paraibano. Lembrando que, durante muitos anos, Pinto do Acordeon integrou o rol dos artistas que se apresentaram no Parque do Povo, o prefeito assegurou que a cidade guardará com muito carinho e saudade a memória de seus shows de forró e baião marcados pela autenticidade e qualidade.

O corpo do músico será velado em João Pessoa, em um cemitério privado, e enterrado no município de Patos, no Sertão paraibano. A previsão é que o corpo chegue em João Pessoa por volta das 16h.

Artistas

Da classe artística, o músico Amazan lamentou em versos a morte do artista. "E o Pinto que cantou mais/ Do que um galo de campina/ Foi a chamado de Deus/ Cantar na Mansão Divina/ E reforçar o elenco/ Da seleção nordestina".

https://www.instagram.com/p/CC5ujlwBlkf/?igshid=qgmf7bxtd3xv

O cantor Genival Lacerda lembrou que de músicas de Pinto do Acordeon que gravou e fez uma homenagem ao amigo.  "Pinto, amigo querido, eternamente em meu coração! Viva Pinto do Acordeon! Viva o forró!", escreveu o artista.

https://www.instagram.com/p/CC5_5VJgjol/?igshid=zd71udidipig

O músico Felipe Alcântara, ex-Gonzagas, usou as redes sociais para lamentar a morte do cantor. "Que Deus o receba de braços abertos, mestre @pintodoacordeonofc . Obrigado por tudo o que vc fez por mim e pelo forró, no que depender de mim seu legado jamais será esquecido. Aos familiares, muita força, contem com minhas orações". 

https://www.instagram.com/p/CC5qdVWJnwB/?igshid=1vzur0mxvguh3

A dupla Antonio Barros e Cecéu publicou uma mensagem em que diz que Pinto "cumpriu lindamente sua história de vida e da música".

https://www.instagram.com/p/CC6B3MUpvWm/?igshid=1s4wcroyt6ray

Quem também lamentou a partida do mestre foi o músico Acymar Monteiro. "Hoje o dia amanheceu mais triste... 😢⁣.⁣

Infelizmente 2020 levou embora pra alegrar o Forró celestial @pinto_do_acordeon.⁣ Um artista talentoso, generoso, engraçado. Ser humano fantástico.⁣ Vai com Deus meu irmão!", disse em sua conta no Instagram.

https://www.instagram.com/p/CC51Lgklx6Y/?igshid=dsxdk6nzuyl4

A banda paraibana Cabruêra disse que a contribuição de Pinto para a música nordestina foi inestimável e que seu legado será sempre lembrado.

https://www.instagram.com/p/CC6APC4piA7/

Pinto do Acordeon

Pinto do Acordeon era natural de Conceição, no Vale do Piancó, no Sertão paraibano. Dono de uma trajetória artística de sucesso e de absoluta importância para a cultura no Estado, sua carreira o levou ao patamar de um dos maiores ícones do forró nordestino. Ele se tornou popular a partir de apresentações que realizava junto a trupe de Luiz Gonzaga. "Neném Mulher" é uma das músicas mais conhecidas do repertório.

Em 1976 gravou o primeiro LP, deixando o legado de 20 álbuns gravados, já tendo composto músicas para Elba Ramalho, Genival Lacerda, Dominguinhos, Fagner, Os 3 do Nordeste e Trio Nordestino. Também exerceu o mandato de vereador pela cidade João Pessoa entre os anos de 1993 e 1997.

Ele lançou seu primeiro LP solo (1976), no mesmo ano, a canção “Arte culinária”, uma parceria sua com Lindolfo Barbosa, fez sucesso com o Trio Nordestino; o LP “Gosto da Bahia”, pela Gravadora Japoti (1970); o álbum “As filhas da viúva” (1980); o LP “O rei do forró sou eu” Nova Produções (1994); participou da gravação do DVD do grupo paraibano Clã Brasil (2006); e os CDS: 20 anos de estrada, De língua, Forró Cocota, Me botando pra roer, Projeto divino, Eco nordeste, Vem viver essa paixão, Deixa o dia clarear; Sertanejo, entre outros. Durante toda a carreira, somam-se cerca de 20 álbuns gravados, entre LPs e CDs.

A obra do cantor e compositor Pinto do Acordeon se tornou Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado da Paraíba no dia 13 de julho de 2019. De autoria do deputado Delegado Wallber Virgolino, o projeto de lei foi aprovado por unanimidade na Assembleia legislativa, durante uma votação realizada no dia 18 de junho.

Em setembro do mesmo ano, ele foi reconhecido com o título "Mestre das Artes Canhoto da Paraíba". A homenagem foi oficializada pela Secretaria de Cultura do Estado através de uma publicação no Diário Oficial do Estado.

O título de Mestre das Arte’ foi criado pela Lei Estadual º 7.694, conhecida como Lei Canhoto da Paraíba. Ela é uma homenagem ao músico Francisco Soares de Araújo, conhecido como Canhoto da Paraíba, que morreu em 2008. O objetivo é proteger e valorizar os conhecimentos, fazeres e expressões das culturas tradicionais paraibanas.

Por meio do Registro no Livro de Mestres das Artes (REMA), as pessoas que contribuem há mais de 20 anos com atividades culturais na Paraíba recebem o título de “Mestres e Mestras”, ao terem suas artes reconhecidas.

Imagem

Angélica Nunes

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