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CULTURA

Poesia e música em 'Quarta Capa', disco-livro que será lançado nesta quarta

Paulo Ró e Lau Siqueira celebram 10 anos de amizade com 'Quarta Capa, também assinado por Dida Vieira.

Publicado em 13/01/2016 às 8:00

O músico paraibano Paulo Ró e o poeta gaúcho Lau Siqueira celebram uma década amizade com Quarta Capa (independente, R$ 20,00), álbum que lançam hoje, às 20h, no Café da Usina Cultural Energisa, em João Pessoa, com ingressos a R$ 10,00. Mais cedo, às 16h, a dupla, junto com a cantora Dida Vieira, autografa a obra, um “disco-livro” fabricado artesanalmente.

O álbum traz dez poemas de Lau, musicados por Paulo e interpretados por Dida. “Quando eu leio (o poema), eu já vejo a música lá. Então eu leio e vou selecionando o poema que eu já sei que vou musicar. Todos os poemas que eu musiquei foram assim”, confidencia o cofundador do lendário e transgressor Jaguaribe Carne.
Boa parte dos poemas foi extraído do livro Texto Sentido (Bargaço, 2007), que Siqueira lançou na época em que atuava na Funjope, onde estreitou laços com Ró. Embora o gaúcho já tenha assinado parcerias em diversas músicas, é raro ouvir suas métricas encaixadas numa melodia. “Eu trabalho com o ritmo muito quebrado e como Paulo Ró vem ‘quebrando’ tudo, aí da certo. Mas eu tenho pouquíssimos poemas musicados”, comenta.
Com violão e percussão a postos, Ró convocou os irmãos Uaná (piano, órgão) e Rudá Vieira (violão 12 cordas), filhos do músico Adeildo Vieira, mais o contrabaixista Rainere Travassos para, juntos, executarem os arranjos completamente acústicos, com muito acento no piano, baixo (inspirado nas performances de Slam Stewart, conhecido por tocar contrabaixo com arco) e percussão.
Coube a Dida, irmã de Adeildo, dá voz à poesia de Lau Siqueira, um texto complexo, de ritmo quebrado, como ele mesmo diz, que bebe da poética clássica dos pensadores gregos, da literatura infanto-juvenil de Sérgio Antônio Raupp, da poesia de Gregório de Matos e do rock de Raul Seixas. “Eu resumo esse disco dizendo que é uma grande celebração da amizade, entre amigos e filhos dos amigos”, afirma o poeta.
‘Leminskiagem’ e ‘Poemito de amor’ estão entre os melhores momentos dessa experiência. Em outro bom momento, ‘Tese de machado’, Dida divide o microfone com Paulo Ró, dueto que ecoa a sonoridade de Elis Regina, conterrânea do poeta. A batida do maracatu se faz presente, em som e letra, em ‘Extrato’, enquanto ‘Memória íntima’ volta a contar com o vocal de Ró.
Dentre as dez faixas cantadas, há três versões instrumentais, rearranjadas pelos três instrumentistas convidados. Uaná, por exemplo, retrabalhou ‘Poemito de amor’, assim como o brother Rudá recriou ‘Tese de machado’ e Ranieri refez ‘Leminskiagem’ numa abordagem muito mais jazzística, cada um acentuando seu respectivo instrumento.
Mestre na arte de lapidar arranjos em textos alheios - vide Sob o Sol (2014), trabalhado sobre os poemas de Fábio Kerouac -, Paulo Ró dá novo e valioso significado a poética de Lau Siqueira, conectando Jaguaribe a Jaguarão, terra do poeta. “Se não tivesse evoluído para um disco, já teria sido uma consagração, despertar o interesse de um músico que eu admiro muito, que trabalhou de uma forma tão singela e espontânea”, afima o gaúcho.
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Jornal da Paraíba

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