CULTURA
Poeta lança livro em sarau
Em parceria com o artista plástico Leo Sales, poeta André Zahar lança nesta terça-feira (6) o livro 'Mafuá - Autoajuda para Mamutes'.
Publicado em 06/11/2012 às 6:00
Carioca radicado na Paraíba há sete meses, o poeta André Zahar lança nesta terça-feira em João Pessoa, em parceria com o artista plástico Leo Sales, Mafuá - Autoajuda para Mamutes (Baluarte, 52 páginas, R$ 28), livro que inspira o Café em Verso e Prosa de hoje, às 19h, no Empório Café.
Segundo Zahar, a poesia de Mafuá reflete um momento de transição em sua vida que encontra perfeito contraste na figura inerte do mamute, um paquiderme que só se desloca à ação de uma força externa: "O livro todo se baseia nas conversas que eu tive com o Leo, desde que nos conhecemos no Rio, sobre os rumos da nossa profissão", conta o poeta que, assim como o artista plástico, atua no jornalismo como assessor de imprensa e se mudou para a Paraíba depois que a esposa, Iris Lucas, veio trabalhar em Campina Grande.
"Cai aqui meio de paraquedas", diz Zahar, que através de Iris conheceu o poeta Thiago Braga, do núcleo literário Caixa Baixa, e o Empório Café, que se tornou um dos redutos do grupo. Participam do sarau, além dos autores, os atores Igor Gabriel e Tamires Amaral, que se apresentam acompanhados pela trilha sonora de Milena Medeiros. Suzy Lopes, organizadora do Café em Verso e Prosa, também assume o microfone interpretando poemas da obra.
Provocativo, Mafuá subverte também a noção de um dos gêneros que mais publicações tem rendido atualmente no Brasil: a autoajuda. "Soubemos através da editora que os títulos de autoajuda estão entre os mais vendidos hoje em dia", lembra Zahar. "Então resolvemos escrever um livro de autoajuda não convencional: para mamutes".
No prefácio, o músico Gustavo Sant'Anna define a pequena coletânea como um volume de "poesenhos" e "desias": "Mafuá não é um livro de poesias, não é um livro de desenhos. (...) Algumas vezes peguei-me indeciso... o que faço primeiro? Devoro as palavras? Passeio nos traços? O que faço? Então simplesmente me deixei levar e os olhos fluíram leves na sugestão do papel", explica Sant'Anna.
"Optamos por uma edição que não é autoexplicativa", afirma André Zahar, que encara as imagens de Leo Sales não como ilustrações que orientam a leitura, mas como, tais como os versos, produtoras de sentido, criadoras de atmosferas e sensações.
Comentários