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CULTURA

Polaroides da dança

Espetáculos 'O Nome Científico da Formiga' e 'Baseado em Fatos Reais' encerram programação do Vértice, neste final de semana na capital.

Publicado em 25/08/2012 às 6:00


"Parecia mais fácil ir a Portugal que a João Pessoa", brinca a bailarina Ana Catarina Vieira, que está pela primeira vez na capital paraibana para apresentar as duas pontas da trilogia da sua companhia de dança, formada no início desta década com o parceiro Ângelo Madureira.

O Nome Científico da Formiga, primeira parte da trilogia, estreia hoje, às 20h, no Teatro Santa Roza. Amanhã, no mesmo horário, será apresentada a parte final: Baseado em Fatos Reais. As coreografias encerram a programação deste mês da Mostra Permanente de Circo, Teatro e Dança de João Pessoa (o Vértice).

Junto com Madureira, Vieira ministra também uma oficina de dança na cidade, esta manhã. Ela é velha conhecida na Paraíba, mas do público campinense: esteve lá pela primeira vez em 2009, pelo Palco Giratório, com o espetáculo Somtir (2003). No ano seguinte, voltou já com O Nome Científico da Formiga (2007) e Delírio (1999), duas das grandes atrações do 35º Festival de Inverno de Campina Grande.

"A escolha de trazer apenas dois espetáculos da trilogia se deu porque esta é uma oportunidade quase única, e como não podíamos montar os três em sequência, já que seria muito cansativo, resolvemos selecionar os dois que fossem mais significativos", conta Ana Catarina, que deixou de fora da viagem o miolo da trilogia: O Animal Mais Forte do Mundo (2009).

"O Animal... praticamente repete o procedimento de O Nome Científico...", explica. "Completam as apresentações a oficina, que é um momento em que a companhia tem a oportunidade de difundir o seu trabalho com uma pequena vivência que vai depender exclusivamente do nível dos presentes, já que não definimos um público alvo".

O Nome Científico da Formiga tem a direção de Fernando Faro, pela primeira vez à frente de um espetáculo de dança. Faro é o famoso criador do programa 'Ensaio', da TV Cultura, e aplica na montagem o estilo que o consagrou como um dos diretores de televisão mais originais de sua geração: a iluminação meio barroca e seu extenso repertório musical.

"Faro não é uma pessoa da dança, assim como eu não sou uma pessoa das artes ou da música", observa Ana Catarina. "Assim, dialogamos no sentido de fazer uma pesquisa em que a dança estivesse ligada às artes plásticas e à MPB, não só uma arte e uma música que as pessoas conhecessem, mas que mexessem com as suas memórias".

No palco, os bailarinos utilizam 1.800 polaroides com imagens extraídas de vídeos das performances do grupo, exibidos durante a encenação. A colagem é uma das técnicas que permitem um exercício metalinguístico em que a companhia volta-se, como um espelho, para os métodos adotados na composição dos seus próprios movimentos.

Em Baseado em Fatos Reais, a experiência é ainda mais radical: "Este é um espetáculo que não se repete", sentencia. "Por isso batizamos com este nome: Baseado em Fatos Reais. É um espetáculo que termina na hora que acontece. As fotografias são tiradas na hora, com os movimentos que executamos e que são impossíveis de se repetir uma próxima vez".

A companhia é formada por cinco bailarinos e outros três integrantes que não participam destas performances. Ana Catarina e Ângelo Madureira conheceram-se em 1999, quando ela ainda fazia parte da Cisne Negro Cia. de Dança. Segundo Ana, os dois têm formações completamente diferentes: ela, paulista, fincou seus pés na tradição clássica, enquanto ele, pernambucano, no balé popular.

"Depois que nos conhecemos, decidimos fazer uma troca. A partir daí criamos uma escola, mas logo depois nos desfizemos dela. Nosso primeiro espetáculo juntos foi Somtir. No início, o projeto foi bem difícil, já que o balé clássico e o popular são completamente diferentes. Depois fomos nos encontrando".

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Jornal da Paraíba

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