icon search
icon search
home icon Home > cultura
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

CULTURA

Premiado, novo filme de Vladimir Carvalho está em cartaz em JP

Filme conta a vida de um dos maiores símbolos da pintura brasileira.

Publicado em 19/12/2016 às 10:02

“O Cícero é uma memória da minha adolescência muito forte”. É assim que o cineasta paraibano Vladimir Carvalho explica a ideia de fazer o documentário 'Cícero Dias, o compadre de Picasso”, que narra a trajetória do pintor pernambucano, um dos grandes representantes da pintura modernista no Brasil. Premiado na última edição do Festival de Brasília, o longa entrou em cartaz no CinEspaço, em João Pessoa, na última quinta-feira (15).

O novo filme de Carvalho começou a ser produzido oficialmente no ano de 2014, mas tem origem
em 1948 e também passa por 2005. O cineasta conta que quando Cícero Dias voltou da França, onde viveu 10 anos, causou um choque cultural em Recife, durante sua primeira exposição, com as mudança da estética figurativa para o abstracionismo, de influência francesa. A exposição gerou um inclusive um debate interno na família Carvalho, que nunca saiu da cabeça da Vladimir.

“Meu pai saiu de Itabaiana e foi ver essa exposição e voltou encantado com o Cícero. Junto com ele foi um tio meu, reacionário empedernido, quando viu, ele abominou. Essa história, eu tinha 13 para 14 anos, ficou na minha cabeça .Eu assisti essa discussão”, relembrou o cineasta.

Quase 60 anos depois desse momento, o pintor pernambucano voltou a cruzar o caminho de Carvalho. De passagem por Paris, em 2005, o cineasta estava finalizando o documentário 'O engenho de Zé Lins', sobre a vida do escritor paraibano José Lins do Rêgo, e ficou sabendo que nas obras de Cícero havia uma frase do conterrâneo. Ele viu de perto pela primeira vez as obras de Cícero, filmou toda a exposição do artista, mas não usou no documentário. “Em 2014 fui rever o material, que estava intacto e comecei a fazer o filme. Fui de novo para Paris, filmei quem faltava entrevistar, filmei o túmulo de Cícero”, relatou Vladimir.


Vladimir guarda na memória a discussão entre o pai e o tio sobre a obra de Cícero Dias (Foto: Cógenes Lira)

Entre outros, o filme conta com depoimentos do ceramista Francisco Brennand e do escritor paraibano Ariano Suassuna. O documentário destaca a relação de Cícero com a cena artística do local, em especial com Pablo Picasso. Vladimir explicou que o subtítulo do filme não é uma licença poética, o artista espanhol é de fato compadre do pernambucano. “ O Picasso batizou, era padrinho da Sylvia, filha do Cícero. O filme não se chama 'Cícero Dias, o compadre de Picasso à toa, é o chamariz”.

'O compadre de Picasso' entrou em cartaz no circuito comercial há pouco mais de um mês. O longa está sendo exibido em cinemas do Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Recife e Brasília. Nesta última, o longa também levou os prêmios de roteiro e direção no tradicional festival de cinema da capital federal.

Após ser exibido no Fest Aruanda, na semana passada, o filme estreia em João Pessoa na quinta-feira. Carvalho ressaltou que a exibição na capital paraibana é uma espécie de homenagem ao Estado. “Vim porque é a minha terra, tenho uma relação amorosa com ela, vim homenagear a Paraíba trazendo esse filme”, destacou. 'Cícero Dias, o compadre de Picasso' fica em cartaz até o próximo dia 21.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp