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CULTURA

Prestes a mudar de arte

Expondo em São Paulo, artista visual paraibano José Rufino assina contrato com a Cosac Naify para publicar seu primeiro livro de contos.

Publicado em 11/12/2013 às 6:00 | Atualizado em 04/05/2023 às 16:19

Aberta ao público hoje, em São Paulo, Violatio, nova exposição do paraibano José Rufino, foi cenário uma ‘violação artística’ que vai além das obras instaladas no Museu Brasileiro da Escultura (MuBE): ali, entre peças inéditas e colhidas em ateliês e acervos privados, o artista visual assinou contrato com a Cosac Naify para a publicação de seu primeiro livro de contos.

Afagos tem a previsão de ser publicado pela editora em 2015 e foi concluído ao longo da escrita de um romance, projeto pelo qual Rufino foi premiado com a bolsa de criação literária da Fundação Nacional de Artes (Funarte) em 2009. O romance, Desviver, também está em vias de ser concluído e poderá sair pela Cosac em 2016.

“Eu estou trilhando o caminho inverso: antes, eu partia do texto para chegar à imagem, agora eu estou partindo da imagem para chegar ao texto”, conta Rufino, que flertou com a literatura em outros momentos da carreira, como quando concebeu a homérica Ulysses, instalação de 23 metros que ocupou todo o vão da Casa França-Brasil, no Rio de Janeiro, no ano passado.

Dedicando-se à literatura, um dos mais talentosos artistas de sua geração agora é visto frequentemente em eventos como a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), onde já confirmou presença para o próximo ano.

“Eu estou fazendo a criação artística, design e curadoria da revista Palavra, do Sesc Nacional, que será lançada na Flip com um conto inédito meu, dando voz a um torturado”, explica o artista que também evocou o tema da tortura em Violatio, individual que fica em cartaz na capital paulista até o mês de janeiro.

“É uma exposição relativamente grande, com obras antigas e recentes, dos anos 1990 para cá. A mostra é uma espécie de recorte da minha produção com um tom mais voltado para o conteúdo dramático e político”, descreve.

‘In dubio pro reo’, a mais significativa deste recorte, destaca-se na ala principal do MuBE: trata-se de uma cadeira traspassada por varas e enclausurada em uma espécie de jaula. “A minha obra tem muito essa coisa da violação, do corpo que tem o seu direito violado, um direito que já não existe mais”, reflete quem, em julho, proferiu uma palestra sobre arte e política, em João Pessoa, a convite do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB).

Engana-se quem acha que o ingresso na literatura ficará dissociado das artes. Conhecida pelo esmero de suas edições, a Cosac Naify terá de se esforçar ainda mais para atender às exigências do novo autor: “Eu vou querer edições que sejam verdadeiras obras de arte”, brinca.

Imagem

Jornal da Paraíba

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