Procurando um vilão, Minions ganham os cinemas em filme solo

Não é de hoje que os coadjuvantes viram protagonistas no universo da animação cinematográfica. Só lembrar de personagens de O Rei Leão (1994), a dupla ‘Hakuna matata’ formada pelo suricate Timão e o javali Puma, ou mais recentemente os espiões de smokings na pele dos pinguins da franquia Madagascar (2005).
Desta vez chegou a hora das serviçais criaturinhas amarelas de Meu Malvado Favorito (2010), que tiveram direito até a teste de elenco durante os créditos finais da sequência, lançada em 2013.

Minions (The Minions, EUA, 2015) estreia nesta quinta-feira nos cinemas de João Pessoa, Patos e Campina Grande, apenas com cópias dubladas. As sessões podem ser encontradas em 2D e tridimensionais.

Só existe um propósito para esses simpáticos e atrapalhados organismos unicelulares: o de servir ao mais desprezível dos seres malignos. Desde a Era Jurássica, encontrar um mestre era fácil. Difícil mesmo era mantê-lo vivo.
Os minions tiveram nos seus currículos parcerias malsucedidas que vão desde um Tiranossauro-Rex (tirando onda de Jurrassic World?), passando pelo Conde Drácula e o imperador Napoleão. Agora, no final dos anos 1960 – mais precisamente 42 anos a.G. (‘antes de Gru’, o vilão da franquia) – eles se encontram na mais profunda depressão, o que pode levá-los à extinção.

Para evitar tal destino, os minions Kevin, Stuart e Bob colocam o pé na estrada à procura de um novo chefe malvado. Essa jornada que começa na Antártida, passa por Nova York e termina em Londres, coloca o trio diante de Scarlet Overkill (dublada na versão brasileira por Adriana Esteves, atriz que vive vilãs em telenovelas da Rede Globo como Avenida Brasil e Babilônia), personagem que deseja se tornar a primeira supervilã do mundo. Marido de Adriana Steves, o ator Vladimir Brichta também participa do filme como o esposo da ambiciosa Scarlet Overkill, que a ajuda nos seus objetivos maléficos.

Com direção assinada por Kyle Balda (de O Lorax: Em Busca da Trúfula Perdida) e Pierre Coffin (responsável pelos dois longas de Meu Malvado Favorito), a animação tem hits dos anos 1960 e a música-tema adaptada para o Brasil por Michel Teló em parceria com César Lemos.

‘MINION MANIA’

As criaturinhas garantiram a sua popularidade que resulta em muito merchandising e neste filme solo. O que implica desde atrações em parques temáticos até batata frita no formato dos personagens.

A marca registrada dos minions, os hilários murmúrios quase ininteligíveis, foram criados por acidente. “Usei minha voz temporariamente, apenas para mostrar o ritmo e mostrar a quem dublasse qual caminho deveria percorrer”, explicou Pierre Coffin. “Assim que fiz a voz em dois minutos e, quando pedi a Chris (Meledandri, diretor da Illumination, coprodutora ao lado da Universal) que a ouvisse, ele disse: ‘Você vai fazer a voz dos minions’.”

Assim, o cineasta francês fez uma mistura de francês, inglês, espanhol, italiano para compor o dialeto dos amarelinhos. “Misturei todas as palavras que juntas soavam ridículas porque pareciam divertidas, não necessariamente porque significavam algo”.