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CULTURA

Programação especial lembra carnavais do Maestro Vilô

Personagem que melhor representa o Carnaval em João Pessoa é tema de tributo no Sesc Centro, em João Pessoa. Jornalista Adeildo Vieira lança CD e documentário em homenagem.

Publicado em 27/05/2009 às 9:30

Renato Félix, do Jornal da Paraíba

Maestro Vilô é um dos personagens na Paraíba que melhor representa aqueles quatro dias, geralmente em fevereiro, em que multidões de brasileiros caem na folia. Natural, então, que um evento em homenagem a ele incluísse um seminário sobre o carnaval pessoense. Um tributo ao maestro começa hoje no Sesc Centro, em João Pessoa, às 15h, com este debate. Mas um momento especial acontece na abertura da programação noturna: o lançamento do documentário Vilô, de Adilson Luís, e do CD Maestro Vilô – Quarenta Anos de Frevo, às 19h.

“Ele foi um grande exemplo de dignidade dentro e fora dos palcos”, conta o cantor e compositor Adeildo Vieira, também produtor do vídeo. “Ele tinha respeito com a música e com os companheiros e, no palco, mostrava excelência de sua orquestra”. Adilson Luís, que, além de dirigir, editou o doc, se impressionou durante o trabalho. “Conhecia algumas pessoas que tocam frevo, mas com uma figura como Vilô, pude conhecer o que o frevo faz com as pessoas”, disse.

Há três anos, o diretor procurava um tema para um documentário e conheceu Roberto Araújo, sobrinho de Vilô, que contou tanto a história do maestro quanto do delicado estado de saúde em que ele já se encontrava.

O vídeo tem 20 minutos de duração com um depoimento do próprio Maestro Vilô e também de músicos que trabalharam com ele. Com Vilô, foram duas sessões de entrevista, gravadas em mini-DV e com uma equipe que inclui ainda Alfredo Amaral e Niu Batista.

O Sesc, a Ordem dos Músicos do Brasil, a Funjope e o Sebrae apoiam o evento. O seminário aborda os temas “Carnaval e turismo”, “Carnaval de identidade cultural” e “Carnaval Tradição e Folia de Rua”. As apresentações musicais serão às 19h30: a Banda da Polícia Militar, hoje; amanhã tem o Coral Voz Ativa e Eduardo Araújo e Banda; e na sexta, é a vez do JP Sax, do Quarteto de Trombones, do Grupo Oitavando e da Orquestra do Maestro Vilô, que é composta de músicos que trabalharam sob a batuta do maestro Vilô.

Severino Vilô Filho morreu em fevereiro, após nove anos de luta contra a diabetes, que o havia obrigado até a se aposentar de sua orquestra, após mais de 40 anos dedicados ao Carnaval. “Ele segurava a bandeira das tradições carnavalescas com muita dignidade”, diz Adeildo Vieira.

Ele era natural de Serra Branca, filho do também maestro Severino Vilô. Passou a morar em João Pessoa aos 24 anos, mas ainda para trabalhar na área comercial. Só estimulado pelos colegas de trabalho é que entrou para o mundo da música.
Maestro Vilô - Quarenta Anos de Frevo, produzido por Marcelo Vilô e Márcia Vilô, filhos do maestro e também músicos, é uma homenagem ao pai que vai desde as marchinhas clássicas até o frevo. Marcelo assumiu a regência da orquestra, após o afastamento do pai.

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Jornal da Paraíba

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