Quadrinhos under da PB no Sanitário

Sanitário - O Mundo Ainda Não Acabou (independente, 40 páginas, R$ 10,00), primeira revista dos quadrinistas do Coletivo WC, será lançada neste sábado, a partir das 18h, na loja especializada em quadrinhos Comic House, em Tambaú, João Pessoa.

Após a sessão de autógrafos com os autores, haverá uma festa de lançamento com discotecagem e exibição de animações a partir das 22h, no Espaço Mundo, Centro Histórico da capital.

Há dois anos nascia oficialmente o grupo, cujo nome de batismo é uma alusão à sigla norte-americana para ‘banheiro’ e à expressão ‘web comics’, quadrinhos produzidos para a internet.

Os jovens autores paraibanos (e radicados no Estado) que tinham material nos blogs pessoais uniram forças e fundaram o coletivo, que tem lista de discussão na rede e um blog oficial www.coletivowc.com.br. As ideias extrapolaram, saindo do universo virtual e invadindo o físico com exposições e novos projetos como o primeiro número de Sanitário.

O objetivo é movimentar o cenário dos quadrinhos autorais, o 'lado B' independente que se mostra fortalecido no Brasil com publicações como a Golden Shower, Macaco, Samba, Kowalski e Beleleú (que recentemente se transformou em selo, lançando álbuns como Aparecida Blues, do roteirista paraibano Biu e o desenhista brasiliense Stêvz).

APOCALIPSE
“Todas as histórias são inéditas”, informa Thais Gualberto, quadrinista e coordenadora do coletivo. “Cada número vai ter uma temática. A desta edição é sobre o fim do mundo.”

Com uma capa no estilo das HQs ‘undergrounds’ de Robert Crumb (assinada por Igor Cabral) e que evoca uma referência a uma sequência do filme Trainspotting (1996), de Danny Boyle, a publicação conta com as participações – além da própria Thais e o capista - de Samuel de Gois, Will Simões, Jorge Elô, Lauro Perazzo, Ricardo Jaime, Thiago C.A. Leal e João Neiva Peregrino.

As edições da Sanitário contarão também com a colaboração de quadrinistas convidados. O traço do cartunista mineiro Ryot, responsável pelo blog RyotIRAS, se juntará ao coletivo nesse debute. O quadrinista foi convidado depois do contato na 7ª edição do Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ), bienal realizada em Belo Horizonte, onde membros do coletivo distribuíram um fanzine no ano passado.

Sobre a periodicidade da revista, Thais Gualberto colocará em pauta na lista de discussão do grupo em breve. Ela adianta que poderá ser anual ou até semestral, dependendo do norteamento do projeto.

"Vamos organizar uma reformulação no coletivo para decidir o que queremos daqui para frente", coloca Thais. "Vamos nos concentrar também em novas ações".

O Coletivo WC está aberto para adicionar novos autores independentes de quadrinhos. Basta ser nascido ou radicado na Paraíba.