Que os jogos comecem

Com a saga vampiresca Crepúsculo chegando ao fim e o bruxinho Harry Potter abandonando sua varinha de condão cinematográfica, Hollywood sente a necessidade de substituir as franquias baseadas nas literaturas infanto-juvenis.

Entra em cena para preencher as lacunas do filão a adaptação do primeiro livro da trilogia da norte-americana Suzanne Collins, Jogos Vorazes (The Hunger Games, EUA, 2012), que estreia nos cinemas paraibanos a partir desta sexta.

No futuro, a América do Norte agora é batizada de Panem, dividida em 12 distritos de um regime totalitário, governado por uma cidade central chamada de 'Capital'.

Por tradição, é realizada uma competição anual no estilo 'pão e circo' intitulada Jogos Vorazes, onde são escolhidos casais de cada distrito, entre 12 e 18 anos, para treinarem e lutarem entre si até a morte. Transmitido ao vivo pela TV, sai dos jogos apenas um dos 'tributos', nome dado aos escolhidos na competição.

O filme acompanha a vida de Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence, indicada ao Oscar por Inverno da Alma), uma menina pobre de 16 anos, órfã de pai e que assume o papel de arrimo da família. Ela acaba se oferecendo para competir na 74ª edição dos jogos no lugar da sua irmã mais nova.

Dirigido por Gary Ross (Seabiscuit - Alma de Herói), a Lionsgate tinha na sua lista de escolhas para o longa-metragem nomes como Sam Mendes (Beleza Americana) e David Slade (Eclipse). Como Crepúsculo, a trilogia renderá mais quatro filmes (a última parte será dividida em duas).

'ZAPEANDO' OS CANAIS
Os livros Jogos Vorazes, Em Chamas e A Esperança (lançados aqui pela Rocco) ficaram por 130 semanas consecutivas na lista de mais vendidos da New York Times, sendo traduzidos para 26 idiomas.

Suzanne Collins afirmou que a ideia para seus best-sellers surgiu enquanto 'zapeava' os canais na sua televisão. Em um canal, a autora viu pessoas competindo em um reality show e em outro assistiu a cenas da Guerra no Iraque.