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CULTURA

Quebra Quilos é encenado no Ceará e debatida entre artistas

Espetáculo é o único representante da Paraíba no Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga, no Ceará.

Publicado em 08/09/2009 às 10:16

Astier Basílio, do Jornal da Paraíba
Enviado especial a Guaramiranga

“Eu acredito que represento todas as transformações por que passou o próprio festival”, analisou a atriz paraibana Zezita Matos, em depoimento dado ao debate realizado no dia seguinte à apresentação do espetáculo Quebra Quilos, do Coletivo Alfenim, único representante da Paraíba no Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga (CE), iniciado semana passada.

Antes, os debates eram mais acirrados. Hoje, a natureza desse encontro é bem outra. Não há mais juízes a condenar e réus a justificar seus atos. A mudança do formato de mostra competitiva para um festival organizado em mostras temáticas focada no convite de companhias que realizam um trabalho de pesquisa propiciou esta alteração e o ciclo de debates reformulou sua natureza, deixando de ser justificação de notas para se tornar um espaço de diálogo.

Durante o debate, o dramaturgo e encenador Márcio Marciano dividiu a cena com o seu elenco, com Kil Abreu, crítico de teatro e curador do Festival de Recife, com a pesquisadora Rosyane Trota e a professora de dramaturgia Nina Caetano. Dentre os assuntos abordados, vieram à baila temas como a formação do grupo, opções estéticas e perspectivas a serem lançadas pelo Coletivo Alfenim em seu novo espetáculo, cuja estreia está marcada para o ano que vem.

“Assumo que o caráter formativo do grupo fez com que eu optasse por um padrão cênico já reconhecido, mas que agora, neste novo processo e com o amadurecimento do grupo, teremos condições de radicalizarmos na pesquisa estética”, concluiu Márcio Marciano durante sua fala.

Espetáculos

Na programação dedicada ao público infantil, o espetáculo cearense As Fadas, realizado pelos atores Paula Iemanjá e Edivaldo Batista, construiu, a partir de poucos adereços retirados de maletinhas, um verdadeiro universo de imaginação e lirismo.

Revezando-se nos papéis de mãe, filha má e filha boazinha, o elenco brincou não apenas com o imaginário infantil a partir das técnicas de palhaço lançadas em cena, como também riu da condição própria de espetáculos infantis que precisam ter uma “moral”, ao fim da apresentação. Destaque especial para o talento e pela harmonia demonstrada em cena.

Com flagrantes alterações no ritmo e no desenho de algumas cenas, o “Quebra Quilos” apresentado em Guaramiranga foi um espetáculo completamente diferente do que se apresentou por diversas ocasiões na Paraíba desde o começo do ano passado.

Não só pela nítida mudança propiciada pelo ingresso de dois novos integrantes ao espetáculo. Os demais atores meio que se sentiram contaminados pela energia de Adriano Cabral e Fernanda Ferreira. E o mais interessante é que há espaço para outras experimentações e mudanças na estrutura do espetáculo. Para conseguir consolidar isso, o Coletivo já pensa em se apresentar novamente em João Pessoa, em nova temporada.

Convidado da “Mostra Ceará Convida” o espetáculo paranaense “Árvores Abatidas ou Para Luís Melo”, dirigido por Marcos Damasceno conseguiu sobreviver em um outro ambiente. É que o monólogo com a atriz Rosana Stavis estreou na própria casa do diretor e da atriz (eles são casados), em Curitiba. Mais do que reproduzir o cenário do quarto em que a peça foi realizada, o espetáculo, adaptado da obra de Thomas Bernhard, mostrou que é mais do que piadinhas sobre a cena teatral paranaense.

Pensar desta forma é imaginar apenas a superfície da peça que, a partir de um texto escrito em outra época e em outro contexto, tornou-se uma eficaz metáfora e uma alegoria mordaz a respeito de um tipo de teatro devassado e arcaico que continua assombrando a cena brasileira.

O Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga vai até o próximo dia 12.

Imagem

Jornal da Paraíba

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