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CULTURA

Radicada na Paraíba, Maria Valéria Rezende conquista o Prêmio Jabuti

Escritora conquistou 1º lugar no mais importante prêmio de literatura nacional com o livro 'Quarenta Dias'.

Publicado em 20/11/2015 às 8:00

Apesar de ser paulista de Santos, Maria Valéria Rezende pode ser considerada uma legítima paraibana. Não só por ser radicada no Estado desde os anos 1970, mas também pelo elo que a sua obra tem com o Estado. “Mais da metade da minha vida eu passei na Paraíba. Eu sou escritora da Paraíba. Eu nasci escritora na Paraíba”.

Seu romance mais recente, Quarenta Dias (Alfaguara), – que também tem a Paraíba como mote – acabou de conquistar o 1° lugar na 57ª edição do prestigiado Prêmio Jabuti.

Divulgado ontem pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), o 2° lugar na categoria Romance ficou para João Anzanello Carrascoza, por Caderno de Um Ausente (Cosac Naify), e o 3° para Evandro Afonso Ferreira, por Os Piores Dias de Minha Vida Foram Todos (Record).

Maria Valéria Rezende já ‘bateu na trave’ por duas vezes no Jabuti: conquistou o 2° lugar na categoria Infantil (por No Risco do Caracol, em 2009) e um 3° lugar no Juvenil (por Ouro Dentro da Cabeça, em 2013).

“É como ganhar no bicho”, analisa a escritora. “Já estive em júri. Quando seleciona bons livros na final, isso é muito subjetivo”, justifica.

Em Quarenta Dias, a protagonista Alice, professora aposentada, cruza o país por insistência da filha, que mora na capital do Rio Grande do Sul e quer que a mãe se mude para perto e a ajude com a gravidez e posterior criação do filho. Assim, apesar de insegura, acaba abandonando sua vida pacata em João Pessoa para acompanhar a filha em Porto Alegre.

Uma reviravolta familiar, no entanto, deixa Alice abandonada à própria sorte, em uma cidade que lhe é estranha, e impossibilitada de voltar ao lar. Ao saber que o filho de uma conhecida sua da Paraíba desapareceu em algum lugar de Porto Alegre, ela decide procurá-lo.

Para fazer o livro “escrito de maneira cuidadosamente descuidada”, Maria Valéria foi fazer um ‘laboratório’ em Porto Alegre (RS), fazendo em parte o que a personagem paraibana faria. “É a primeira vez que ouso fazer uma personagem paraibana. E, pelo visto, ela não soou falsa”.

Segunda Valéria, tudo começou com um projeto de uma editora que não foi para frente, no qual cada escritor iria para um Estado desconhecido, passaria 15 dias lá para escrever uma história. “O tal projeto não se concretizou, mas eu estava embalada”, relembra. “Eu já tinha o meu romance na cabeça, só queria conferir a plausibilidade”.

Ficando por mais tempo que poderia pelas ruas gaúchas, o “Abre-te, sésamo” da pesquisa da escritora foi ser uma mãe desesperada à procura do filho. “Isso abre todas as portas”.
Em janeiro, Maria Valéria Rezende vai lançar Outros Cantos (Cia. das Letras/Alfaguara).

Imagem

Jornal da Paraíba

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