Rebuliço nos Sete Reinos

Intrigas. Reviravoltas. Personagens surpreendentes. É isso que vem cativando os leitores das Crônicas de Gelo e Fogo’, que chega ao quarto livrão (cada obra costuma ter mais de 600 páginas, com letras miúdas) com o lançamento, na semana que vem, de O Festim dos Corvos (Editora Leya, 644 págs., R$ 49,90).

Num ambiente de fantasia medieval – algo que levou a saga a ser comparada à trilogia O Senhor dos Aneis - o quarto capítulo das Crônicas promete mais rebuliço nos Sete Reinos: traições, novos senhores, novas alianças e dragões vivos além-mar. Tudo isso banhado a violência e sexo, marcas registradas da narrativa.

Escrita com habilidade pelo norte-americano George RR Martin – que planeja concluir toda a saga em sete volumes (nos EUA, vai no quinto livro) – tem, em seus personagens, o ponto forte de sua intrigante narrativa.

“O livro tem muita política e muita guerra”, sintetiza o estudante de Direito Ivo Medeiros. “Os personagens são intrigantes: todo mundo quer alguma coisa e, a cada passo, os motivos dos personagens vão além!”

“Os personagens são muito bem construídos", confirma o doutorando em Comunicação e Cultura Contemporânea, Thiago Falcão, que já terminou os três livros. "Essa que é, para mim, a grande força da narrativa do George RR Martin - o fato de ele construir personagens sólidos que não são imortais: você não tem a tranquilidade de ler um livro inteiro sabendo que o personagem vai viver até o fim”.

“Não precisa dizer que o autor sabe cultivar um mistério”, comenta o estudante de Física, Isaac Ramalho. “Mas o mais atraente é, sem dúvida, que nos livros, os personagens são humanos em suas características, diferente de Tolkien, onde todo mundo sabe que Aragorn fará isso ou fará aquilo, porque ele é um personagem ‘bonzinho’... então eles são humanos; qualquer erro cometido terá a sua ‘resposta’”, compara o estudante, que está na metade de Tormenta de Espadas, o terceiro livro.