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CULTURA

Refilmagem sob medida

Longa sueco 'Os homens que não amavam as mulheres' é refilmado em Hollywood, sob a direção de David Fincher.

Publicado em 07/02/2012 às 6:30


Hollywood detesta legenda. Quando o filme iuguslavo Underground - Mentiras de Guerra (1995) ganhou a Palma de Ouro em Cannes, logo a meca norte-americana comprou os direitos para sua refilmagem. O mesmo aconteceu recentemente com o sueco Deixe Ela Entrar (2008).

Desta vez foi o também sueco Os Homens Que Não Amavam as Mulheres (2009), que ganhou um remake nas mãos competentes do diretor David Fincher.

Tanto Millennium - Os Homens Que Não Amavam as Mulheres (The Girl with the Dragon Tattoo, 2012, EUA, Alemanha, Suécia, Reino Unido) quanto o 'original', que despertou o interesse de Hollywood para a atriz Noomi Rapace, tem seu DNA extraído da literatura policial da famosa trilogia do jornalista Stieg Larsson (1954-2004).

No longa, um jornalista (o atual e nada simpático 007 Daniel Craig) viaja a uma ilha sueca para investigar o desaparecimento de uma jovem de uma rica linhagem. Para isso, ele conta com a ajuda de uma detetive 'não convencional' (Rooney Mara). As investigações levam o casal a descobrir uma rede de assassinatos.

Fincher – que provou sua envergadura de diretor em filmes como Se7en, O Clube da Luta, Zodíaco e A Rede Social – não deixa a 'peteca cair' na adaptação, modificando alguns elementos do romance por praticidade e dando destaque às sequências com a Rooney Mara (não é à toa que ela concorre ao Oscar na categoria este ano).

O destaque logo de cara fica para os créditos de abertura, em forma de um pontuado videoclipe, ao som de uma recauchutada 'Immigrant song', de Led Zeppelin. Muito antes de Fincher estrear com o pé esquerdo com o malfadado Alien 3, ele dirigia clipes da Madonna e da Paula Abdul.

Alguns pontos negativos de Millennium são sobre a visão estereotipada de certos personagens, como o atual tutor de Mara: um gordo asqueroso que chantageia a protagonista em troca de favores sexuais.

O suspense e o mistério, que seriam os pontos fortes da história, perdem força com a falta de profundidade dos personagens investigados.

Há também cenas que não adicionam em nada com os 158 minutos de duração do filme, como o choque do 'velho' com o 'moderno' quando Mara está entre um trem veloz e uma velha ponte de madeira.

Mas com uma ótima trilha sonora e uma dinâmica edição (que também concorrem ao Oscar), David Fincher consegue a atenção de quem não viu o longa sueco ou leu o primeiro livro de Larsson, deixando correr de forma mais didática.
Vamos ver se ele consegue manter o ritmo no próximo.

Imagem

Jornal da Paraíba

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