Rei do Baião na Sapucaí

Segundo José Nobre de Medeiros, fundador do Museu Fonográfico de Luiz Gonzaga de Campina Grande e coautor do livro Porque o Rei é Imortal!, Luiz Gonzaga não estranhava o período do Carnaval, chegando a gravar 22 músicas no embalo do ritmo.

Canções como “Pão duro”, “Não bate nele”, “Meu brotinho me deixe em paz” e “Cai no frevo” são algumas que foram feitas para pular na folia.

Este ano, o 'Rei do baião' e todas as suas inspirações serão lembradas no desfile da Unidos da Tijuca, escola de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro.

Com o enredo “O dia em que toda a realeza desembarcou na avenida para coroar o Rei Luiz do Sertão”, do carnavalesco Paulo Barros, a Tijuca colocará no sambódromo da Sapucaí o Sertão nordestino, o rio São Francisco, as lavadeiras e a festa do vaqueiro.

“A gente buscou um caminho que não foi o caminho biográfico", explicou Paulo Barros para o portal G1. "A gente criou um enredo em comemoração aos 100 anos dele, e essa festa será celebrada em forma de coroação. A Tijuca prepara um grande cerimonial para receber todos os monarcas do mundo inteiro, inclusive do Brasil, para estarem presentes nesta cerimônia."

Para conquistar o segundo título, a amarela e azul da Zona Norte vai levar para a avenida 3,6 mil componentes, divididos em 33 alas.

“Eu tenho alegorias baseadas no conceito que eu trabalho sempre, às vezes estático, às vezes de movimento, com carrossel, gangorras, eu tenho carro que tem muita gente e outro que não tem praticamente ninguém. A gente pegou os cenários que nós consideramos importantes e vamos levá-los para a avenida através das alegorias, e o setor que vai falar sobre o artesanato é um deles”, disse o carnavalesco.

Um dos destaques do desfile da escola ficará por conta da bateria comandada pelo mestre Casagrande. Para embalar o enredo, os músicos prometem misturar o forró com as famosas paradinhas.

À frente dos ritmistas virá a rainha Gracyanne Barbosa, que fará a sua estreia na agremiação com a fantasia baseada na canção "Assum preto".