CULTURA
Relançamentos vêm após disputas judiciais
Publicado em 01/01/2012 às 8:00
Em se tratando da recauchutagem de itens bibliográficos dos cânones nacionais, este ano, as editoras já jogam verde para colher maduro desde 2011.
Quando mais calhamaços de papel se erguerem no terreno amealhado por Orígenes Lessa (1903-1986), Cecília Meireles (1901-1964) e Manuel Bandeira (1886-1968), a safra renovada de velhos títulos terá sido precedida por um verdadeiro perrengue judicial.
A Global saiu dos tribunais com os direitos de explorar a lavoura dos dois poetas e do escritor conhecido pelos adultos de hoje no mofo da saudosa Coleção Vagalume, da Ática, que fez O Feijão e o Sonho (1938) ser lido e decorado pelos alunos do 1º grau (hoje ensino fundamental).
Lessa, Bandeira e Meireles vão rivalizar nas vendas com Mário Quintana (1906-1994), estrela do time da Alfaguara, brasão da editora Objetiva. Cinco coletâneas de poemas de Quintana vão mudar de lombada até o segundo semestre. Entre elas, uma antologia inédita.
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), que agora veste a camisa com o brasão da Companhia das Letras, também terá sua lavra revisitada após a Companhia das Letras brigar feio por seu passe.
Drummond terá roupa nova já em março, quando A Rosa do Povo sai ainda a tempo de vender feito água na 10ª Festa Literária de Paraty (Flip), que o celebra em julho.
A demanda externa traz ao domínio público no Brasil, em seu primeiro ano, a prosa inventiva de James Joyce (1882-1941) . O selo Penguim, da Companhia, já garantiu uma nova tradução de Ulisses (1921) feita por Caetano Galindo.
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