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CULTURA

Rimas de cordel pelo grafite de Gigabrowl ganham exposição em João Pessoa

O artista apresenta trabalhos inspirados no 'Romance do Pavão Misterioso'. Obras podem ser conferidas até o final do mês. 

Publicado em 07/04/2015 às 6:00 | Atualizado em 16/02/2024 às 10:58

O maior êxito da literatura de cordel brasileira ganha as cores e o estilo do grafite de Gigabrow no projeto Arte na Empresa. A mostra gratuita Romance do Pavão Misterioso vai até o final do mês, no Hall de Exposição Energisa (BR-230, Km 25, Cristo Redentor), em João Pessoa.

“São trechos do cordel que 'viajei' e faço do meu ponto de vista”, resume o artista pessoense. “São 12 telas em técnica mista. Uso spray, acrílica... Depende do efeito que quero”.

Este ano são comemorados os 92 anos de publicação do cordel de José de Camelo de Melo Resende (1885-1964). O folheto faz parte da gama de cultura popular que influencia Gigabrow, que teve seu primeiro contato com a obra primeiramente nos versos da igualmente famosa música 'Pavão Misterioso', do compositor cearense Ednardo, lançada nos anos 1970 e sendo tema de diversas gravações, incluindo a trilha sonora da novela Saramandaia (1974).

O Romance do Pavão Misterioso mostra a história de amor de um rapaz chamado Evangelista, que, ao contemplar a beleza de Creuza — donzela conservada prisioneira pelo próprio pai, o Conde — elabora um plano de fuga com a ajuda de um pavão mecânico, figura de significados mágicos.

Para Gigabrow, o tema não lhe é novo, já que vinha apresentando através do grafite a obra de José de Camelo tanto nas ruas da Paraíba quanto no Rio de Janeiro: em 2011, grafitou o pavão e seus elementos na entrada do Pavãozinho (RJ), em virtude do projeto Museu de Favela (MUF), a maior galeria a céu aberto na favela.

Depois de João Pessoa, a exposição segue para o Hall de Exposição Energisa em Patos (mês de maio) e em Campina Grande (junho).

Mais que best-seller
Nascido em Pilõezinhos, distrito de Guarabira na época, José de Camelo de Melo Resende sempre é relembrado através da sua obra em várias vertentes culturais, seja no âmbito da música, teatro, artes visuais, quadrinhos e literatura.

De acordo com o pesquisador e cordelista José Paulo Ribeiro, dentre as mais de 100 produções referentes ao Romance do Pavão Misterioso, há muitas edições clandestinas, releituras — como a de Ana Maria Machado na coleção Crônicas Brasileiras —, além de versões em HQs como a do paulistano Sérgio Lima nos anos 1960 e a versão do cearense Klévisson Viana, lançada em 2010.

Ribeiro estipula por alto que foram feitos entre três e 10 milhões de exemplares do cordel. “Nenhum best-seller brasileiro chegou a isso”.

Imagem

Jornal da Paraíba

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