Risos e homenagem

Eles já são quarentões: o diretor Geraldo Jorge e o Grupo Tenda comemoram hoje seus mais de 40 anos dedicados ao teatro.

Não é Mais Aquilo! fica em cartaz em João Pessoa até a próxima semana. As apresentações são sempre aos sábados e domingos, às 20h. Os ingressos custam R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia).

A comédia escrita e dirigida por Jorge se passa em um casarão deixado de herança pela matriarca de uma grande família.

Quando o sobrinho mais velho da matrona decide se mudar para o imóvel com sua esposa, descobre que ali funciona uma pousada clandestina gerenciada pela empregada da família, que alugava o seu próprio quartinho para casais.

O elenco é grande: 10 atores, além de outros quatro que fazem participação especial. Entre eles, a veterana Anunciada Fernandes, que já participou de mais de 20 montagens ao longo de sua carreira e cujo nome batizou um espaço de artes em sua homenagem no Centro da capital, coordenado pelo Sindicato dos Artistas e Técnicos em Diversão do Estado da Paraíba (Sated-PB).

A direção musical é de Wagner Luiz e os cenários e figurinos são do próprio Grupo Tenda, que está completando exatos 42 anos. A fundação em 1972, data de uma retomada na carreira de Geraldo Jorge, que ingressou no teatro em 1966, no Grupo de Teatro da Sociedade Cultural de João Pessoa.

INÍCIO DE CARREIRA

A estreia de Jorge se deu em A Farsa do Corregedor, do espanhol Alejandro Casona (1903-1965), dirigida por Expedito Pereira Gomes. Após uma incursão pelo teatro infantil, o ator fundou o Tenda, ao lado do diretor Leonardo Nóbrega (que morreu em 1997 e que dá nome ao Teatro de Arena do Espaço José Lins do Rêgo, da Funesc, atualmente em reforma).

As primeiras empreitadas da dupla foram as peças Tempestade em Água Benta e A Viúva e o Lobisomem, que marca a estreia de Jorge como dramaturgo e foi encenada no memorável Teatro Juteca, no bairro de Cruz das Armas (atualmente em vias de ser reformado pela Fundação Cultural de João Pessoa).

São da escola de Geraldo Jorge atores como Augusto Magalhães, Edilson Alves, Cristovam Tadeu, Tony Silva, entre outros. O diretor já esteve à frente de algumas montagens do Pastoril Profano e é um dos poucos de sua geração a manterem uma atividade ininterrupta há quase meio século.