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CULTURA

Ronaldo resgata em versos a obra de Augusto dos Anjos

Ronaldo era conhecido por sua memória privilegiada.

Publicado em 08/07/2012 às 8:00

Foram as asas de corvo do 'Paraibano do Século' que abrigaram Ronaldo Cunha Lima em um dos episódios que ele protagonizou na televisão e marcou seu carisma na memória dos telespectadores das extintas TV Tupi e Rede Manchete.

Na década de 1970, Ronaldo Cunha Lima participou do 'Show Sem Limite', atração da TV Tupi conduzida pelo apresentador Jota Silvestre (1922-2000). Mais de dez anos depois, Ronaldo voltava a brilhar no auditório do 'Sem Limites', versão levada ao ar pela Rede Manchete e apresentada por Luiz Armando Queiroz (1945-1999).

Nas duas ocasiões, Ronaldo deu o ar da graça respondendo a questões sobre Augusto dos Anjos e o Eu (que completou seu centenário este ano) improvisando versos de repente. Na primeira, Ronaldo tinha acabado de se mudar para o Rio de Janeiro, onde atuava como advogado depois de ter seus direitos políticos cassados em 1969. Na segunda, Ronaldo já havia se sagrado prefeito de Campina Grande, sendo conhecido como tal pelo público brasileiro.

Gonzaga Rodrigues se recorda de ambas as aparições: “Ele tinha uma memória privilegiadíssima e teve a oportunidade de demonstrá-la na televisão, dando um verdadeiro show”. Chico Viana, um dos grandes pesquisadores da obra de Augusto dos Anjos, também faz eco à declaração do presidente da APL: “Ele tinha uma memória prodigiosa, uma capacidade enorme de reter informações”.

Monstro de rutilância e escuridão, a poética de Augusto dos Anjos recuperou a luz, em parte, pelo desempenho de Ronaldo Cunha Lima no programa, atesta Chico Viana: “Não que Augusto precisasse de alguém para ser reconhecido, mas acredito que a sua poesia só deixou realmente a obscuridade depois de Ronaldo”.

Coincidência ou não, em seu último verso publicado neste jornal, Ronaldo Cunha Lima deixa, tanto quanto Augusto dos Anjos, um legado de luto e humildade. “Apenas choram letras meus poemas”, é como se encerra, com a tal chave-de-ouro, seu derradeiro soneto.

Imagem

Jornal da Paraíba

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