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CULTURA

Sagarana contada na rua

Grupo alagoano Joana Gajuru, encena na Paraça da Paz em João Pessoa adaptação do conto 'Corpo Fechado'

Publicado em 08/12/2012 às 6:00


Saído das páginas de Sagarana, o conto ‘Corpo Fechado’ ganha adaptação para o teatro de rua através do grupo Joana Gajuru, de Alagoas. Inspirado na obra do escritor mineiro Guimarães Rosa, o espetáculo Baldroca será encenado em João Pessoa, na Praça da Paz, nos Bancários, hoje e amanhã, com início às 16h.

Assim como no texto original, é contada a história de Manuel Fulô, sertanejo metido a esperto que se vê desafiado pelo valentão Targino da cidade de Laginha, que quer dormir com sua noiva. Para enfrentar a peleja e proteger a honra da amada, o protagonista recebe a ajuda de um curandeiro que 'fecha' o seu corpo.

“Procuramos ser o mais fiel possível ao conto, mantendo a atmosfera fantástica criada pelo escritor”, garante o ator Abides de Oliveira, responsável também pela adaptação. “A sugestão de estudar Guimarães Rosa partiu de Lindolfo Amaral, do grupo Imbuaça. Nós o convidamos para dirigir uma montagem e ele indicou a leitura de Sagarana para que escolhêssemos um conto”.

Abides revela que a única ressalva era que fosse excluído o conto ‘Vau da Sarapalha’, que já tinha sido encenado com grande repercussão pelo grupo paraibano Piollin. “A ideia era montar uma versão inteiramente nossa. Vimos em ‘Corpo Fechado’ um texto com elementos que serviam à nossa proposta de fazer teatro na rua”.

NEOLOGISMO MINEIRO
O nome do espetáculo é mais um dos neologismos que caracterizam a obra de Guimarães Rosa. “Baldroca é um termo retirado do conto. Quer dizer ‘troca’”, explica o ator.

Os personagens coadjuvantes também foram transportados para a montagem cênica. “Algumas figuras de pouco destaque no conto são mais explorados na peça, a exemplo da companheira de Manuel Fulô, a Das Dores”.

O espetáculo narra um duelo entre dois homens que termina em morte. Uma das preocupações do grupo foi de encontrar alternativas para tratar o tema sem expor a violência. “É inegável que a história tem uma pitada de agressividade, mas tudo é tratado com leveza. Uma das escolhas foi utilizar teatro de bonecos para suavizar o discurso”, afirma Abides de Oliveira.

A montagem de Baldroca começou a ser concebida em 2004 e ganhou, em 2007, o prêmio de melhor espetáculo pelo Júri Popular no Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga, no Ceará.

O espetáculo passou por uma reformulação no ano passado e foi contemplado com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz, que possibilitou a circulação em algumas capitais. Além da cidade do grupo, Maceió, Baldroca já passou por Aracaju e Salvador, chega hoje a João Pessoa e segue para Natal na próxima semana.

Imagem

Jornal da Paraíba

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