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CULTURA

Salvo pelo hip-hop

Rapper paraibano SH Torres entrou na Academia Brasileira de Beatmakers e conseguiu gravar seu primeiro álbum solo.

Publicado em 09/05/2014 às 6:00 | Atualizado em 29/01/2024 às 12:47

Aos 30 anos de idade, o rapper paraibano SH Torres passa por bons momentos na cena hip-hop: entrou na Academia Brasileira de Beatmakers, graduou sua patente no Distrito Federal e conseguiu gravar seu primeiro álbum solo ao lado de seus ídolos do rap brasileiro.

Até chegar em solo brasiliense, o artista passou por um longo caminho em terras paraibanas. A bengala usada pelo rapper carrega o peso do que enfrentou nos últimos anos. Em um acidente que se envolveu em 2009, SH ficou paraplégico e passou mais quatro anos usando cadeira de rodas. Neste tempo, o hip-hop foi primordial para a sua recuperação. “No momento mais difícil da minha vida, a minha depressão foi transformada em música”, contou.

Sheyson Torres nasceu e cresceu em João Pessoa. “Morei no bairro do Cristo por um bom tempo, mas foi quando me mudei para Mangabeira que comecei o meu contato com a cena hip-hop”, conta. Começou a conhecer skatistas, grafiteiros e pessoas envolvidas no underground.

“Apesar de toda a dificuldade e a discriminação que acontece com o movimento, em pequenas apresentações locais fui descoberto por rappers daqui”, relembra. Ainda na adolescência, se juntou ao grupo paraibano Reação da Periferia.

Através de ações sociais, Torres investe para levar o movimento aos jovens de comunidades carentes. São investimentos altos que envolvem a compra de pick-ups, microfones e amplificadores. “Montamos o coletivo Cordão de Prata Records para levar cultura, informação e educação através do hip-hop”. O beatmaker diz ainda que quer mostrar aos próprios jovens daqui que existe um cenário em João Pessoa, um núcleo da cena periférica.

“Quando se vive na periferia é fácil seguir o caminho do ócio. Eu tinha essa chance, mas meu caminho foi desviado quando conheci o rap”, conta. “Eu poderia ter morrido pela violência como tantos amigos meus morreram, mas o rap salvou minha vida”.

"Somos a concorrência direta com o tráfico e o hip-hop uma ponte indireta do sistema para a periferia", conclui.

TRABALHO SOLO
A Lei do Homem é Falha, primeiro álbum solo do rapper, é carregado de protesto em forma de rimas. Temas como violência e corrupção são abordadas nas doze músicas do álbum. O disco, produzido por Kamika-Z, um dos grandes nomes do rap brasileiro, foi gravado em Brasília ainda neste ano.

O álbum terá seu lançamento no Amazônia Beats, programado para agosto na capital. Nesta sexta-feira, o rapper se apresenta no Hip-Hop ao Extremo, realizado pelo Nordeste Independente na Cachaçaria Philipéia, às 20h.

Imagem

Jornal da Paraíba

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