CULTURA
Sandra Belê se aproxima do sampler
Depois de três acústicos, cantora paraibana Sandra Belê experimenta uma aproximação com a música eletrônica em seu novo trabalho.
Publicado em 10/04/2013 às 6:00
A voz firme e rascante de Sandra Belê vai ganhar a companhia de samplers, bits e efeitos em seu próximo trabalho. Depois de três discos acústicos, a cantora paraibana experimenta uma aproximação com a música eletrônica em seu novo trabalho, um EP gravado no estúdio Mutuca, em João Pessoa.
“Estou me lançando em uma proposta nova, com uma instrumentação bastante diferente, com bateria e samplers, gravando músicas de autores paraibanos pouco gravadas ou até mesmo inéditas”, comenta a cantora, por telefone, de Campina Grande, onde mora.
A nova sonoridade surgiu com o encontro de Sandra com o baterista Gregg Mervine, músico norte-americano radicado na Paraíba. “A gente se conheceu em Monteiro, em meio a projetos musicais comuns”, revela. “Eu o ouvi tocar zabumba, e ele tocava de uma maneira diferente. Daí, quando ele passou a morar em Campina Grande, a gente resolveu fazer algo juntos. Ele é um músico muito completo”.
Gregg, que vem da escola do free jazz, assumiu as baquetas e a produção do EP – que ainda não tem nome. Além dele, acompanham Sandra Belê o sanfoneiro João Batista, conterrâneo da cantora lá de Zabelê, município de pouco mais de 2 mil habitantes no Cariri paraibano, e o violonista Romero Zeferino.
Gravado em um único dia em janeiro deste ano, o repertório é formado por quatro músicas já conhecidas dos shows da cantora: duas de Seu Pereira (‘Lelê’ e ‘Remanso’), uma de Naldinho Braga (‘Manaca’) e outra de domínio público, ‘Cocos com Penha’, já registrada por Belê em disco, agora com uma nova roupagem.
O EP está em pós-produção, comandada pelo próprio Gregg em seu estúdio caseiro, em Campina Grande. Lá ele mixa o disco, embora tenha gravado algumas partes do rebento nos Estados Unidos. Sandra Belê espera lançá-lo até junho.
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