Sarau celebra Políbio em CG

Políbio Alves se revela acanhado quando o assunto é recitar seus poemas. "Não gosto muito. Não sou ator, sou escritor e poeta", diz o autor de Os Objetos Indomáveis (Mídia Gráfica e Editora, 170 páginas, R$ 30,00). Ele lança o livro hoje, às 19h, em sarau pela série mensal Academia dos Poetas Vivos, do Museu Assis Chateaubriand (MAC), em Campina Grande. A entrada é gratuita.

Além do lançamento, a programação prevê a apresentação do recital Nada Invento. Acrescento e o pocket show Lado B, com o cantor e compositor Rangel Júnior. "Vai haver também um debate e eu vou falar sobre o jeito como eu escrevo", resume Políbio.

EM ESPANHOL

Atualmente, o criador da épica de Varadouro (1989) está trabalhando agora na construção da épica de uma outra geografia que conhece bem: a ilha de Cuba. Está reescrevendo La Habana Vieja: Olhos de Ver, poema longo que está pronto desde o ano 2000.

"É um poema de 300 e poucas páginas que eu resolvi reescrever narrando da origem de Cuba até os dias atuais", conta o paraibano, que faz um paralelo entre o centro da capital de Fidel e o nosso Varadouro: "São duas ruínas que ainda guardam o ventre da cidade."

Políbio Alves volta a Havana ano que vem, em fevereiro, para a 11ª viagem a Cuba. Ele participa de uma feira cultural onde vão ser lançadas as traduções de duas obras suas em prosa. Os romances A Leste dos Homens e A Traição de Hemingway (o editor de Políbio em espanhol, Enrique Cirules, é um especialista no Nobel). As duas ficções vão ser publicadas no Brasil no ano que vem, ainda sem data confirmada.